Já foram registradas quatro mortes na Capital

A Prefeitura de Campo Grande publicou um decreto nesta segunda-feira (2) que declara situação de emergência na cidade devido à epidemia de dengue. Em apenas dois meses, já foram registrados 5.863 casos de dengue e quatro mortes na Capital.

Esta é uma epidemia consecutiva, considerando que Campo Grande também enfrentou uma epidemia da doença no início de 2019. O decreto aponta que fevereiro registrou um volume de chuva de 227,2 mm, sendo que o esperado para o mês era de 174 mm, ou seja, a chuva ultrapassou a média prevista em 30%.

A chuva favorece os criadouros do Aedes Aegypti e o município ainda afirma que houve um aumento da demanda por exames laboratoriais, consultas médicas, produtos e serviços de saúde, contratação de profissionais de saúde e necessidade de leitos hospitalares. Outro motivo para declarar a situação de emergência é o expressivo aumento do número de consultas nas unidades de pronto atendimento e outras unidades da rede.

Diante da situação, fica declarada a situação de emergência. O município autoriza a mobilização dos órgãos municipais, para atuarem sob a demanda da Sesau, nas ações de resposta ao desastre. A Prefeitura ainda fica livre de licitação em contratos de compra de bens necessários para atuar no combate à dengue, como prestação de serviços e obras relacionadas ao tema.

Ações de combate à dengue

Campo Grande tem diversas ações de combate ao mosquito da dengue. Na última quinta-feira (27), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) lançou a quarta etapa da Operação Mosquito Zero. A cada etapa, os agentes de combate a endemias atuam em uma determinada região de Campo Grande, onde visitam as casas e eliminam criadouros do mosquito.

Durante a terceira etapa da operação, que foi realizada na região do Bandeira, cerca de 4,3 mil imóveis foram visitados pelos agentes de saúde, que identificaram e eliminaram 2.616 depósitos potenciais criadouros. Nas visitas, também foram identificados e eliminados 226 focos do mosquito Aedes aegypti, que larvas do inseto.

Além disso, Campo Grande também deve ganhar uma fábrica de ‘mosquitos anti-dengue’. A iniciativa é do projeto Wolbachia, que já começa a ganhar forma. O termo de serviço para a implantação da biofábrica de mosquitos Aedes Aegypti com a bactéria Wolbachia foi assinado em fevereiro. O método é inovador e deve reduzir a transmissão da dengue.

Fonte: Midiamax