O suposto motorista de um caminhão que levava dezenas de imigrantes que morreram no calor do Texas, nos Estados Unidos, tentou se passar por uma das vítimas para escapar das forças de segurança antes de ser preso, afirmaram autoridades mexicanas e norte-americanas nesta quarta-feira (29).

O número de mortos no incidente subiu para 53, depois que morreram algumas das pessoas resgatadas morreram no hospital. Mais pessoas — entre elas menores de idade — continuam hospitalizadas no pior incidente de tráfico humano na história recente dos Estados Unidos, afirmaram autoridades.

Cerca de metade dos mortos eram mexicanos. Eles faleceram após ficarem presos na parte de trás do caminhão enquanto as temperaturas do lado de fora chegavam a 39,4°C. Dezenas de famílias mexicanas esperam nesta semana ansiosamente por notícias de parentes desaparecidos que temem estar entre os mortos.

Autoridades mexicanas de imigração identificaram o motorista do veículo apenas como “Homero N.” e publicaram uma foto dele dirigindo o caminhão por um posto de controle de segurança em Laredo, no Texas, às 14h50 no horário local na segunda-feira (27).

Autoridades norte-americanas prenderam dois homens mexicanos, além do motorista, enquanto deixavam uma casa em San Antonio. Nesta quarta, procuradores dos EUA indiciaram os dois com acusações relacionadas a porte de armas.

Um juiz federal em San Antonio ordenou que os suspeitos, — identificados como Juan Francisco D’Luna-Bilbao e Juan Claudio D’Luna-Mendez — fossem detidos após uma audiência preliminar na sexta-feira. Os dois foram acusados de portarem armas de fogo enquanto residem nos Estados Unidos de maneira ilegal.