Fundador da companhia agora está mais distante do que nunca da empresa, apesar de ainda ser um dos maiores acionistas
Bill Gates, fundador da Microsoft, anunciou nesta sexta-feira (13), que vai se afastar um pouco mais da Microsoft. O ex-CEO deixará também de exercer a posição de membro do conselho de diretores da empresa. O objetivo é dedicar mais tempo à Bill & Melinda Gates Foundation.
Gates já vem reduzindo sua participação na companhia há mais de uma década. Em 2008, ele abandonou o cargo de CEO justamente para se dedicar à sua fundação filantrópica, mas ainda manteve o cargo de presidente do conselho. Essa posição foi abandonada em 2014, mas ele ainda manteve um assento na companhia e seguiu exercendo uma posição de conselheiro tecnológico para Satya Nadella, a pedido do novo CEO.
O comunicado publicado pela Microsoft afirma que, apesar de não ocupar mais uma cadeira no conselho, Bill Gates ainda fará parte da companhia como conselheiro tecnológico de Satya Nadella. O cargo é único e misterioso, sem deixar claro qual é o envolvimento de Gates no cotidiano da empresa.
Apesar de manter alguma participação na empresa como conselheiro tecnológico de Satya Nadella, o afastamento do conselho coloca Gates o mais afastado da empresa que criou nos anos 1970 até hoje. Apesar disso, ele ainda é um dos maiores acionistas da Microsoft, o que garante que ele terá alguma relevância nos rumos da empresa até o momento em que se desfizer de todas as suas ações.
Com a Bill & Melinda Gates Foundation, Bill Gates tem se dedicado a ações filantrópicas e financiamento de iniciativas de combate às mudanças climáticas, ampliação de acesso a tratamentos médicos no mundo e projetos educacionais e de desenvolvimento econômico. Recentemente, Gates se aliou a Mark Zuckerberg para financiar projetos de combate ao coronavírus.