Após flagrante na quinta e nova denúncia, Prefeitura mandou fechar por tempo indeterminado

Funcionários foram retirados do local (Ana Paula Chuva, Midiamax)

Após várias denúncias de que um call center BTCC Conexão Cliente, na rua Maracaju, em Campo Grande, não estaria respeitando o decreto publicado nesta quinta-feira (19) pela Prefeitura onde determina que não pode aglomeração de mais de 20 pessoas em um ambiente fechado, nesta sexta-feira (20) a empresa acabou fechada por tempo indeterminado.

Equipes da guarda municipal, junto da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e Vigilância Sanitária foram até a empresa de call center, e os funcionários foram orientados a deixarem o local. A outra unidade na rua Tapajós também foi fechada. Segundo o secretário da Semadur, Luís Eduardo Costa, a intervenção foi feita porque a empresa não respeitou o decreto, e caso outros estabelecimentos venham a descumprir a medida podem ter o alvará cassado. Todas as denúncias de descumprimento do decreto devem ser feitas a Vigilância Sanitária.

Pelo decreto n.º. 14.199, o funcionamento de call centers e similares deverá ser feito com no máximo 20 operadores trabalhando simultaneamente. Também foi determinada que seja mantida distância mínima de dois metros um do outro. A medida é assinada pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) e acrescenta o inciso VIII ao artigo 20 do decreto de situação de emergência, que recomendou o fechamento de shoppings centers e limitou a lotação em bares e restaurantes.

Nesta quinta (19), a foto de um atestado e boatos de que dois colegas estariam afastados por suspeita de coronavírus, deixou os trabalhadores apreensivos. O documento pede a licença por 14 dias das atividades laborais por conta de uma pneumonia viral não especificada (CID10 – J12.9).

Segundo os trabalhadores, foram retirados do ambiente laboral apenas grávidas, mas o restante dos funcionários continua na rotina normal de trabalho. “Somos divididos em 4 turnos, são muitas pessoas aglomeradas ao mesmo tempo. O lugar não tem ventilação, não temos equipamentos de proteção, não tem álcool em gel. São 200, 300 pessoas circulando ali o dia todo”, declarou um dos trabalhadores.

Fonte: Midiamax