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Derradeiro
encontro entre os candidatos ao governo neste primeiro turno, o debate da TV
Morena teve dobradinha dos candidatos Marquinhos Trad (PSD) e Capitão Contar
(PRTB) para criticar a corrupção, troca de acusações entre as candidatas Rose
Modesto (União Brasil) e Giselle Marques (PT), além de muitas promessas para
reduzir impostos, a velha estratégia de tentar fisgar o eleitor pelo bolso.
Sem
muitos confrontos e candidatos bem mais comedidos do que em outros encontros, o
debate foi regado a citações de efeitos: como a pecunia non olet (dinheiro não
tem cheiro) citada por Adonis Marcos (Psol) e as calendas gregas (deixar para
data muito distante) mencionadas por André Puccinelli (MDB).
Os
principais temas nos dois primeiros blocos foram combate à corrupção e redução
de impostos. Marquinhos escolheu Contar para perguntar sobre corrupção, pauta
que une os dois candidatos para lembrar operações contra a gestão de Reinaldo
Azambuja (PSDB), mesmo partido do candidato Eduardo Riedel. Marquinhos também
citou a Lama Asfáltica, operação da PF (Policia Federal) que prendeu o
ex-governador Puccinelli.
Antes,
Capitão Contar abriu o debate questionando Riedel sobre as ações contra a
corrupção no governo do PSDB. “Você se vende como novo, mas é tudo farinha do
mesmo saco”, disse o candidato do PRTB. Riedel reclamou dos velhos jargões,
disse que é ficha limpa e rebateu com a criação de corregedoria e ouvidoria
para investigar denúncias.
Na
questão financeira, Contar indagou André sobre a redução da taxas cartorárias,
que leva muitas pessoas a emitir documentação em outros Estados. Ao fim, os
candidatos lembraram que essa mudança depende mesmo é do Tribunal de Justiça.
André disse que abriu o debate em seu governo, mas o tema ficou para “as
calendas gregas”.
Marquinhos,
André e Adonis se comprometeram a reduzir impostos. Marquinhos disse que vai
congelar os impostos, sem aumento acima da inflação, além de isenção de tributo
para pequenas empresas.
Puccinelli
acenou com ICMS zero para empresas que faturam menos de R$ 1,8 milhão, medida
que impactaria 21 mil empresas, com perda de “0,95%” de receita para o Estado.
Adonis
Marcos afirma que vai zerar o impostos do gás de cozinha e reduzir o do óleo
diesel. Sempre bastante questionado por ter feito parte de governo que aumenta
impostos, Eduardo Riedel defendeu que é preciso uma reforma tributária nacional
e criticou os concorrentes que prometem redução da carga de impostos ao mesmo
tempo que vão criar mais serviços. Para o tucano, só sendo mágico.
As
candidatas Rose e Giselle protagonizaram os momentos de maior ataque. Giselle
questionou sobre o voto da deputada federal possibilitando que o banco fique
com a única casa do devedor. Rose negou: “Fui contra, já morei de favor, já
morei em casa de 42 metros quadrados. Uma pena trazer mentiras”.
Giselle
rebateu que não foi leviana e nem mentirosa, pois teve acesso à ata da votação
na Câmara Federal.