Enquanto OMS faz alerta, Trump minimiza a expansão da Covid-19
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Segundo a Organização Mundial da Saúde, os Estados Unidos podem assumir o posto da Europa e virar o principal foco da pandemia do novo coronavírus no mundo. Até a tarde desta terça-feira (24), o país já registrou 49.619 infectados e 615 mortes.
“Estamos vendo agora uma aceleração muito grande de casos nos EUA. Portanto, ele tem esse potencial [de se tornar o centro da pandemia]”, disse Margaret Harris, porta-voz da OMS, nesta terça-feira.
A disparada no número de casos nos EUA parece apontar para um cenário mais complexo do que o da Itália, apesar do país aparecer com uma letalidade inferior à média mundial – até o momento, apenas 1% dos pacientes infectados acabou morrendo.
A perspectiva da OMS, no entanto, não afetou o presidente Donald Trump. O mandatário pretende reabrir o país até a Páscoa e não irá renovar a quarentena estabelecida por ele.
“Nosso pessoal quer voltar ao trabalho. Eles praticarão o Distanciamento Social e tudo mais, e os idosos serão vigiados de forma protetora e amorosa. Nós podemos fazer duas coisas juntos. A cura não pode ser pior (de longe) do que o problema! O Congresso DEVE AGIR AGORA. Vamos voltar fortes!”, escreveu o presidente no Twitter.
A declaração de que “a cura não poder ser pior que o problema” vai na mesma linha do presidente Jair Bolsonaro, que diz estar mais preocupado com a economia do que com o combate ao novo coronavírus.
Em entrevista para à Fox News, o mandatário ainda comparou a Covid-19 com acidentes de carro e gripe comum. “Perdemos milhares e milhares de pessoas por ano devido à gripe. Não desligamos o país. […] “Perdemos muito mais que isso em acidentes de automóvel. Nós não ligamos para as montadoras e pedimos para parar de fabricar carros. Temos que voltar a trabalhar”, disse, segundo o Uol.
Fonte: Revista Forum