Associação do setor químico aponta risco à vida por movimentos de caminhoneiros que não aceitam resultado das urnas. E a AGU informou ter obtido 13 liminares até agora
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) divulgou nota nesta terça-feira (1º) em que manifesta preocupação com os bloqueios de rodovias pelo país, afirmando que isso poderá atingir o fornecimento de oxigênio em hospitais. “Empresas de diversos segmentos de produção, como gases medicinais, insumos industriais, fertilizantes e outros, veem a situação com muita preocupação”, afirma a entidade.
“Especificamente no setor de saúde, as manifestações estão colocando em risco o transporte de Oxigênio Líquido Medicinal, destinado a clínicas e hospitais, locais nos quais é utilizado para a manutenção e preservação da vida de pacientes em UTI’s ou CTI’s em estado crítico, ou que estejam sofrendo de crise respiratória”, diz ainda a Abiquim no documento. “Faz-se necessária a urgente liberação da circulação sem bloqueios no País para que tanto o oxigênio quanto os demais produtos essenciais à vida do brasileiro sigam chegando ao seu destino.”
PRF não está impedida de agir
Também hoje, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que obteve até agora 13 liminares autorizando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a adotar as medidas necessárias para desobstruir pelo menos 71 trechos de rodovias federais, interditadas em 13 estados. As ações têm objetivo de “assegurar a livre circulação de veículos nas estradas; preservar a ordem e a segurança dos usuários e dos próprios manifestantes que estão realizando os bloqueios; e evitar o desabastecimento de municípios”.
Ontem, a AGU encaminhou ofício à direção da PRF no qual afirma que não existe impedimento jurídico à atuação policial. “A partir do momento em que foi demandada, a AGU atuou oficiando a PRF respaldando atuação mediante desforço imediato, bem como judicialmente, para obter liminares objetivando o desbloqueio de rodovias”, afirmou o advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal.
Foram deferidas liminares para os seguintes estados: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
Fonte: RBA