O país passa por uma censura extrema para filmes que julgam não corresponder com suas leis.
Anfitrião da Copa do Mundo de 2022, o Catar vem sendo julgado por suas leis antidemocráticas e censura extrema para aqueles que vivem em países não pertencentes ao Oriente Médio.
Ainda sim, o país não é o único no mundo a passar por uma censura audiovisual. Muitos países – inclusive do Ocidente – são conhecidos por terem banido filmes devido a diversos motivos: relacionamentos ou personagens LGBTQIAP+, conteúdo sexual, cenas não condizentes com a linha política e ideológica do país ou conteúdo sobre uma religião que não é a mesma do local.
Copa do Mundo da FIFA Catar 2022: Um filme para cada país presente na competição
Por isso, o AdoroCinema resolveu montar uma lista de filmes proibidos no Catar e o motivo pelos quais o banimento aconteceu. Veja a seguir:
Mulher Maravilha e Morte no Nilo
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Warner Bros./20th Century Studios
Mulher-Maravilha e Morte no Nilo têm duas coisas em comum: ambos são estrelados por Gal Gadot e foram banidos em países que estão em estado de conflito com Israel.
Isso porque a atriz é israelense, prestou serviço ao exército e já fez declarações defendendo seu país. No Catar, há uma lei de décadas atrás que boicota produtos originários desse país.
Noé
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Paramount Pictures
Uma reinterpretação da história bíblica da Arca de Noé, o longa de 2014 foi estrelado por um elenco de peso: Russell Crowe, Jennifer Connelly, Ray Winstone, Anthony Hopkins, Logan Lerman e Emma Watson.
Por ser uma história cristã/católica, países muçulmanos acabaram proibindo o filme porque foi visto pelos governos como contraditório aos ensinamentos do Islã. Já no Egito, a justificativa era que violava a lei islâmica e poderia “provocar os sentimentos dos crentes”.
A Garota Dinamarquesa
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Universal Pictures
Estrelado por Eddie Redmayne e Alicia Vikander, A Garota Dinamarquesa concorreu ao Oscar de 2016 em quatro categorias e ganhou em Melhor Atriz Coadjuvante, com Vikander. No Catar, o longa foi proibido por “depravação moral”, assim como nos países dos Emirados Árabes Unidos, Omã, Bahrein, Jordânia, Kuwait e Malásia.
A justificativa vem pelo fato de a personagem de Redmayne ser uma mulher transexual, mostrando sua transição de gênero ao longo do filme, assim como as dificuldades que isso trouxe nos relacionamentos que a cercou e a dificuldade de uma mulher trans ser aceita na sociedade do final do século XIX.
No entanto, o longa também recebeu duras críticas por inúmeros motivos: pela personagem ser interpretada por um homem cis, e pela erotização forçada da feminização, obscurecendo a história real de uma mulher transgênero histórica, e por ser baseado em um livro de ficção que não conta a verdadeira história de Elbe e Wegener.