Ferramenta serve como ponte virtual que facilita aproximação segura de voluntários

Em tempos de coronavírus, onde praticamente cada residência se transformou em fronteiras imaginárias e a maioria das pessoas virou uma ilha, pensar no próximo é quase um artigo de luxo. Mas como toda regra tem exceção, três professores de Dourados conseguiram vislumbrar uma luz no horizonte e desenvolveram um aplicativo solidário para cadastrar idosos e grupos de riscos que precisam ir a supermercados e farmácias.

Docentes da área informática no IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), Rodrigo Sanches Devigo, que leciona Matérias de desenvolvimento de aplicativos, Sérgio Ricardo Ribas Sass,  Banco de Dados e  Ricardo Augusto Lins do Nascimento, Frameworks, criaram uma ponte virtual para conectar quem precisa de ajuda e quem quer ajudar.

“Tudo começou quando o professor Sergio tinha postado uma mensagem no Facebook oferecendo ajuda  para comprar comida ou remédio pra pessoa no grupo de risco, focado no bairro dele. Olhando isso eu comentei com ele e com o restante dos professores da informática que estavam online no Whatsapp a proposta de ampliar o leque dessa ideia”, revela Rodrigo o mentor do aplicativo.

Ele conta que as conversas na rede foram ganhar ganhando corpo, sempre pegando o feedback dos professores. “Eles apoiaram e começaram a dar ideias e muito boas. Daí, comecei a desenvolver sempre pegando o feedback dos professores. “O Sérgio e o Ricardo ficaram com a parte de modelagem dos processos e do banco de dados e agora estão como moderadores do aplicativo”, conta o professor.

O invento dos professores douradenses que funciona por meio do link http://redefiqueemcasa.com.br  surge também como uma forma de garantir segurança às pessoas que fazem parte dos grupos de risco. Desde que as notícias de pandemia ganharam os noticiários e as medidas de quarentena passaram ser adotadas, muita gente utilizou as redes sociais para oferecer ajuda.

O que parecia ser um ato de caridade começou a gerar preocupação diante da fragilidade das pessoas. Os responsáveis pela ferramenta orientam, caso ocorra algum abuso por parte de um voluntário.  que seja comunicado ao moderador.

“Nada é seguro, mas nossa equipe de moderadores está sempre filtrando acessos indevidos. Já tivemos alguns usuários que mentiram a idade por exemplo e por isso não foram autorizados à utilizar o sistema, outros simplesmente se cadastraram e nunca responderam os moderados nem pelo Whats e nem por telefone”, afirma Rodrigo.

Os responsáveis pela ferramenta orientam, caso ocorra algum abuso por parte de um voluntário que seja comunicado ao moderador. “Todos os usuários acabam tendo contato com um, assim nós podemos tomar uma providência”, explica o professor, lembrando que não se trata de pedir nem oferecer ajuda financeira, é ajuda para o deslocamento ou para entrega de alimentos e remédios”.

Passo a passo

Quem quer ajudar ou ser ajudado precisa fazer os seguintes passos: Entrar no link e realizar o cadastro,  escolhendo o tipo de acesso que deseja(voluntário: a pessoa que quando alguém pedir ajuda irá realizar a tarefa pra pessoa no grupo de risco. Grupo de risco: a pessoa que está em algum grupo de risco, inclusive aquela que está com diagnóstico de Covid-19 e está de quarentena).

Após o cadastro ele precisa ser confirmado pelos  moderadores que irão entrar em contato com o usuário e fazer algumas perguntas que pode filtrar os golpistas e/ou os brincalhões. Feita a aprovação o aplicativo dá acesso a duas telas: A tela de voluntário caso a pessoa seja voluntário, que consiste em um mapa de dourados, com marcadores dos pedidos de ajuda, e caso você selecione um irá aparecer uma tela com informações do pedido e um botão.

Feito a ação qualquer um dos dois (voluntário ou grupo de risco) pode finalizar o pedido de ajuda, dando chance para que o voluntário faça outro atendimento e o grupo de risco outro pedido.

“Nossa maior motivação é por saber o que um isolamento social pode fazer com a mente e o quanto ela pior quando uma condição, seja de idade ou doença, nos impede  de fazer coisas essenciais e básica, como ir a um supermercado fazer compras”, conclui o professor.

Fonte: Midiamax