Julgamento realizado na tarde desta quarta-feira (15/3) no STJ (Superior Tribunal de Justiça), manteve afastados por 180 dias os três conselheiros do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) investigados em esquema de corrupção. Eles também continuam monitorados por tornozeleira eletrônica.
No dia 8 de dezembro do ano passado, o então presidente Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves, foram alvos da Operação Terceirização de Ouro, desencadeada pela Polícia Federal e braço da ‘Mineração de Ouro’ que tem por objetivo apurar a prática dos crimes de peculato, direcionamento de licitações e lavagem de dinheiro.
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Na decisão desta quarta, foram negados, por unanimidade, os provimentos a todos os recursos.
“Triste a decisão. A defesa continuará demonstrando que Iran Coelho das Neves é um Conselheiro justo e honesto. A Justiça mais adiante certamente assim considerará”, disse ao Dourados News André Borges e Julicezar Barbosa, advogados que atuam na defesa do ex-presidente da Corte de Contas.
Os profissionais avaliam apresentar novos recursos nos próximos dias.
Terceirização de Ouro
Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves se tornaram os alvos da operação que tinha como principal investigação um contrato de R$ 100 milhões feito através do TCE-MS com empresa terceirizada, relembre aqui.
No dia da ação, a Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal cumpriram 30 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Brasília (DF), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Miracema (RJ).
As ordens foram emitidas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), que ainda autorizou o afastamento dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de pessoas físicas e jurídicas investigadas.
Após o afastamento que resultou em renúncia de Iran, o conselheiro Jerson Domingos assumiu o posto de forma interina, acabou eleito ao se inscrever para o pleito do Tribunal e assume a cadeira em cerimônia agendada para a sexta-feira.