Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 5,05%, ante 5,0% observados nos 12 meses até setembro
Roberto de Lira, Infomoney – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do País, desacelerou para 0,21% em outubro, após ter subido 0,35% em setembro, informou nesta quinta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação mensal ficou pouco acima da estimativa de 0,20% feita por analistas do mercado financeiro, segundo o consenso Refinitiv.
Em outubro de 2022, a taxa tinha ficado em 0,16%.
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 5,05%, ante 5,0% observados nos 12 meses até setembro. A projeção do consenso dos analistas estava em 5,04%. No ano, o indicador acumula alta de 3,96%.
Segundo o IBGE, o principal impacto para o resultado do mês veio do setor de Transportes, com destaque para passagem aérea, subitem que subiu 23,75% e teve o maior impacto individual (0,16 p.p.) no mês. Transporte por aplicativo (5,64%) e emplacamento e licença (1,64%) também registraram altas. A inflação do táxi (0,31%) decorreu do reajuste de 20,00% em Porto Alegre (3,59%), a partir de 9 de outubro.
Sete dos nove grupos pesquisados registraram alta em outubro. A maior variação (0,78%) e o maior impacto (0,16 p.p.) vieram de Transportes pelo segundo mês consecutivo. Os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,28%) e Habitação (0,26%) também registraram alta e contribuíram com 0,04 p.p. cada.
No lado das quedas, os preços do grupo Alimentação e bebidas (-0,31% e -0,07 p.p.) recuaram pelo quinto mês consecutivo. Os demais grupos ficaram entre a queda de Comunicação (-0,29%) e a alta de Despesas Pessoais (0,31%).
A queda do grupo Alimentação e bebidas foi influenciada pela alimentação no domicílio (-0,52%), que desacelerou ante o mês anterior (-1,25%). Destacam-se as quedas do leite longa vida (-6,44%), feijão-carioca (-5,31%), ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). No lado das altas, o arroz (3,41%) e as frutas (0,71%) subiram de preço.
A alimentação fora do domicílio (0,21%) também desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%). A alta da refeição (0,22%) foi menos intensa que a do mês anterior (0,35%) e o lanche (-0,11%) registrou queda de preços, após alta de 0,74% em setembro.
Quanto aos combustíveis (-0,44%), houve queda na gasolina (-0,56%), no etanol (-0,27%) e no gás veicular (-0,27%), enquanto o óleo diesel (1,55%) subiu. A alta do táxi (0,31%) decorre do reajuste de 20,00% em Porto Alegre (3,59%), a partir de 9 de outubro.
No grupo Habitação (0,26%), destacam-se as altas do gás de botijão (1,24%) e do aluguel residencial (0,29%). A taxa de água e esgoto (0,27%) subiu por conta do reajuste de 6,75% em Salvador (4,42%), a partir de 25 de setembro. Por sua vez, a energia elétrica residencial registrou queda de 0,07% em outubro.
Em Saúde e cuidados pessoais (0,28%), o subitem plano de saúde subiu 0,77% em outubro. Os itens de higiene pessoal subiram 0,05%, influenciados pelas altas do perfume (1,24%) e dos produtos para cabelo (0,45%).
Nos índices regionais, oito áreas tiveram alta em outubro. A maior variação foi registrada em Goiânia (0,63%), por conta da alta da passagem aérea (30,33%) e da gasolina (1,86%). Já a menor variação ocorreu em Fortaleza (-0,28%), cujo resultado foi influenciado pela queda nos preços da gasolina (-9,32%).