Rosa Maria da Silva Moutinho, 70, moradora em Dourados, descreve como um “milagre” o fato de ter se curado do Coronavírus. Considerada paciente de risco, por conta da idade e por possuir hipertensão e diabetes, ela teve que fazer um tratamento rigoroso e alerta: “não é uma brincadeira, não é só uma gripezinha”.
Foram 16 dias internada em um hospital particular de Dourados, sendo dois destes na (UTI) Unidade de Tratamento Intensivo. A alta ocorreu no dia 29 de abril.
“Eu tinha dificuldades para respirar, com a doença tive complicação nos rins, foram dias difíceis. Porém, Graças a Deus não precisei ser entubada, passei por tudo isso e sou um milagre”, disse.
Rosa descobriu a doença dias após realizar uma viagem ao Rio de Janeiro, com a filha Rosangela da Silva Moutinho, 48, moradora em Campo Grande.
A filha ficou na capital quando retornaram no dia 30 de março e Rosa veio para Dourados. Dias depois, Rosangela começou a ter falta de ar e febre e orientada a fazer o teste, identificou que havia contraído Coronavírus. Logo ao saber do fato, informou a mãe.
“Eu não estava sentindo nada, mas como ela me disse que estava com a doença, fiz o teste na Vigilância Sanitária e deu positivo também”, explica Rosa.
Logo na primeira consulta, os médicos decidiram por internar a idosa. Ela conta que teve medo de não voltar para casa.
“Só pedia para voltar para meus filhos. Não queria ser enterrada sem ao menos uma despedida, parece coisa de guerra. Agora só tenho a agradecer a Deus por tudo que passou”, desabafa.
Outro agradecimento que a idosa faz questão de apontar à reportagem é aos profissionais da saúde que estiveram com ela. “Colocaram a vida em risco para ajudar, só queria agradecer”.
Rosangela também superou a doença, após dias internada em Campo Grande.
Contágio na família
Rosana da Silva Moutinho, filha de Rosa, que reside com ela em Dourados, também contraiu Coronavírus. No caso dela, a indicação foi isolamento domiciliar por 14 dias. Ela também venceu a doença e deixa um alerta para a população.
“Passamos dias muitos difíceis. Eu, a mãe e minha irmã de Campo Grande nos recuperamos, estamos curadas, graças a Deus, mas tem famílias perdendo seus entes, e só depende de nós cuidarmos para que passe essa fase da pandemia da melhor forma”, diz.
Formas de evitar a doença
Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar bem as mãos (dedos, unhas, punho, palma e dorso) com água e sabão, e, de preferência, utilizar toalhas de papel para secá-las.
Além do sabão, outro produto indicado para higienizar as mãos é o álcool gel, que também serve para limpar objetos como telefones, teclados, cadeiras, maçanetas, etc. Para a limpeza doméstica recomenda-se a utilização dos produtos usuais, dando preferência para o uso da água sanitária (em uma solução de uma parte de água sanitária para 9 partes de água) para desinfetar superfícies.
Utilizar lenço descartável para higiene nasal é outra medida de prevenção importante. Deve-se cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Também é necessário evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.
Para a higienização das louças e roupas, recomenda-se a utilização de detergentes próprios para cada um dos casos. Destacando que é importante separar roupas e roupas de cama de pessoas infectadas para que seja feita a higienização à parte. Caso não haja a possibilidade de fazer a lavagem destas roupas imediatamente, a recomendação é que elas sejam armazenadas em sacos de lixo plástico até que seja possível lavar.
Além disso, as máscaras faciais descartáveis devem ser utilizadas por profissionais da saúde, cuidadores de idosos, mães que estão amamentando e pessoas diagnosticadas com o coronavírus. Também é importante que as pessoas comprem antecipadamente e tenham em suas residências medicamentos para a redução da febre, controle da tosse, como xaropes e pastilhas, além de medicamentos de uso contínuo.
Produtos de higiene também devem ser comprados e armazenados como uma medida de prevenção. No caso das crianças, recomenda-se que os pais ou responsáveis, adquiram fraldas e outro produtos em uma maior quantidade para que se evite aglomerações em supermercados e farmácias.
Fonte: Dourados News