As negociações entre o Governo do Estado e os produtores rurais endividados devido a fatores diversos serão intermediadas pelo deputado Paulo Corrêa (PSDB), 1º Secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). A designação consta do Ato da Presidência 991/2024, publicado pelo deputado Gerson Claro (PP), presidente da ALEMS, na edição desta quinta-feira (19) do Diário Oficial do Parlamento. Seca, aumento dos custos e elevadas taxas de juros, entre outros fatores, têm prejudicado os produtores, segundo nota o deputado Paulo Corrêa.
(Foto: Governo de MS)
De acordo com o Ato, as discussões e negociações dos produtores e o Poder Executivo visam à redução da taxa de juros e ao alongamento da dívida. “O agro no Mato Grosso do Sul passa por um momento muito delicado. São três anos consecutivos em que os produtores da região centro-sul estão acumulando prejuízos, o que é extremamente preocupante. O cenário de seca prolongada, altas temperaturas e custo elevado dos insumos, associado à baixa margem de lucro e às altas taxas de juros praticadas pelos bancos, está inviabilizando o trabalho no campo”, considerou o deputado Paulo Corrêa.
Nesta semana, o parlamentar participou de reunião de produtores rurais com o governador Eduardo Riedel. Uma das medidas discutidas no encontro foi o alongamento das dívidas dos produtores rurais para prazos de 15 a 20 anos, com juros subsidiados, nos moldes de programas de securitização anteriores. O objetivo é possibilitar um fôlego para os produtores regularizem suas contas e reorganizarem suas atividades sem o peso das dívidas acumuladas.
“As últimas seis safras foram devastadoras para o produtor rural. O preço dos produtos caiu, enquanto o custo dos insumos aumentou, além das taxas de juros abusivas que são impagáveis. Há produtores que estão retornando maquinários às vendas porque não conseguem pagar. Se não encontrarmos uma solução urgente, haverá uma quebradeira geral. Se o produtor sofre, Mato Grosso do Sul sofre junto, pois o agronegócio é nossa principal atividade econômica”, afirmou Paulo Corrêa.
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