Relatório, proveniente de um país membro da UNIFIL não identificado, aponta que a fumaça observada no ataque pode ser resultado do uso de fósforo branco
Um relatório vazado, mencionado pela mídia internacional nesta terça-feira (22), sugere que Israel pode ter utilizado munições contendo fósforo branco durante um de seus ataques à Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), no início deste mês.
Segundo a Sputnik, a situação ocorreu em 13 de outubro, quando dois tanques israelenses invadiram as instalações da UNIFIL. Cerca de 45 minutos após a saída dos veículos, os soldados da paz da ONU ouviram tiros ao norte do portão e, em seguida, avistaram uma densa fumaça adentrando as instalações.
Apesar de estarem utilizando máscaras faciais protetoras, 15 soldados relataram irritações na pele e estômago. O relatório, proveniente de um país membro da UNIFIL não identificado, aponta que a fumaça observada pode ser resultado do uso de fósforo branco.
As hostilidades entre Israel e o Hezbollah aumentaram desde que, em 1 de outubro, o país lançou uma operação terrestre no sul do Líbano, intensificando os ataques aéreos e de foguetes contra o grupo xiita. A ONU expressou preocupação com a segurança das suas forças de paz, que têm sido alvos de ataques repetidos durante o conflito entre as duas partes.
O fósforo branco é uma arma incendiária que se inflama ao entrar em contato com o ar e é muito difícil de extinguir. O produto químico tóxico adere à pele e pode queimá-la até o osso, causando ferimentos graves e sofrimento ao longo da vida.
A Convenção da ONU, por meio do Protocolo III da Convenção sobre Proibições ou Restrições ao Uso de Certas Armas Convencionais, proíbe o uso de armas incendiárias lançadas pelo ar em áreas povoadas devido aos riscos à saúde e ao meio ambiente.