Dilma Rousseff e Vladimir Putin (Foto: Instagram de Dilma Rousseff via ABr)

A ex-presidente brasileira defende a ampliação do bloco e o aumento dos financiamentos em moedas nacionais

O presidente russo Vladimir Putin confirmou o apoio à recondução de Dilma Rousseff à presidência do Banco dos BRICS, em entrevista coletiva após a cúpula do bloco. A informação é da agência Sputnik.

“A Rússia propôs estender a presidência do Brasil no Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS”, informou Putin.

Dilma defende expansão do bloco e uso de moedas locais

Agência Brasil – Na terça-feira (22), em uma reunião com o líder russo, a presidente do Banco dos BRICS defendeu a ampliação do bloco e o aumento dos financiamentos em moedas nacionais, em substituição ao dólar.

Ex-presidente brasileira, Dilma destacou que os países do Sul Global têm necessidades financeiras muito grandes e que há dificuldades para conseguir esses empréstimos.

“Tivemos investimentos bastante elevados, mas ainda não o suficiente para as necessidades dos países do Brics. Por isso é muito importante disponibilizar financiamento em moeda local através de plataformas específicas. O Novo Banco de Desenvolvimento [NBD] tem o compromisso de viabilizar não só financiamento em projetos soberanos, mas também em projetos da iniciativa privada”, afirmou Dilma Rousseff.

O Sul Global é o termo usado para se referir aos países pobres ou emergentes que, em sua maioria, estão localizados no Hemisfério Sul do planeta.

O presidente russo agradeceu a presença da presidente do NBD – o Banco do Brics – em Kazan, na Rússia, que recebe a 16ª cúpula do bloco entre esta terça (22) e quinta-feira (24). Além disso, Putin elogiou o trabalho da ex-presidenta do Brasil à frente da principal instituição financeira do grupo e defendeu o aumento do uso de moedas nacionais.

“Agradecemos muito o que você fez nos últimos anos. O aumento dos pagamentos em moedas locais permite reduzir as taxas de serviço da dívida, aumentar a independência financeira dos países-membros do Brics, minimizar os riscos geopolíticos e, tanto quanto possível no mundo de hoje, libertar o desenvolvimento econômico da política”, enfatizou Putin.