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A predominância do Centro-Oeste se explica quando há análise dos estados com maior média patrimonial declarada à Justiça Eleitoral pelos candidatos vencedores do pleito. Maior produtor de grãos do país e responsável por R$ 169 bilhões do valor bruto da produção em outubro deste ano, o Mato Grosso lidera o ranking. Os prefeitos eleitos nos 142 municípios têm em média patrimônio de R$ 9,2 milhões. 

Goiás é o segundo estado com maior média de patrimônio, ainda assim o valor é menor do que metade da média mato-grossense. No caso de Goiás, também pesou a fortuna do prefeito eleito de Goiânia. Com R$ 313,4 milhões declarados, Sandro Mabel (União Brasil) é o prefeito eleito mais rico do país. O ex-deputado federal era dono da conhecida marca de bolachas que leva o sobrenome de sua família. Os prefeitos goianos das 246 cidades tiveram média patrimonial de R$ 4,56 milhões.

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Mato Grosso do Sul, o terceiro estado com prefeitos mais ricos, registrou média de R$ 3,98 milhões. Ao todo são 79 municípios no estado.

Amapá, Roraima e Rio Grande do Norte, por sua vez, tiveram a menor média de patrimônio dos prefeitos eleitos. No Amapá, o valor é de R$ 222,9 mil; em Roraima, a média dos chefes do Executivo ficou em R$ 275,9 mil. Ligeiramente maior que nos dois primeiros, o Rio Grande do Norte é o terceiro com menor média. Os prefeitos eleitos declararam patrimônio médio de R$ 453,7 mil. 

Confira a lista do patrimônio médio dos prefeitos por estado: 

Em comparação com as eleições municipais de 2020, segundo o TSE, Mato Grosso se manteve como líder na maior média de patrimônio. Na ocasião, porém, o valor foi de R$ 5,48 milhões. Mato Grosso do Sul aparecia com R$ 2,42 milhões e, em terceiro estava Santa Catarina, com média patrimonial de R$ 2,24 milhões. Portanto, houve crescimento para os estados do Centro-Oeste. Santa Catarina, por sua vez, registrou diminuição do patrimônio dos prefeitos eleitos. 

Apesar de os três estados do Centro-Oeste liderarem a produção de soja e milho no país e também a média de patrimônio dos candidatos eleitos às prefeituras, as capitais registram índices sociais desiguais. Essas cidades além de não terem universalizado o esgotamento sanitário, também possuem PIB per capita inferior à média nacional, de R$ 50.193,72.