Ministro das Relações Exteriores do Panamá reforçou a independência da rota, negando negociações de tarifas com os EUA

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), acusou a China de ter controle sobre Canal do Panamá. O CEO da autoridade portuária, Ricaurte Vásquez Morales, reagiu à declaração e negou haver envolvimento do gigante asiático nas operações locais.

O republicano também propôs tarifas preferenciais para navios norte-americanos. A proposta foi rejeitada pelo executivo e pelo ministro das Relações Exteriores panamenho, Javier Martinez-Acha.

Segundo o CEO, o canal é gerido por uma entidade estatal e qualquer discriminação nas tarifas violaria tratados internacionais.

Já o ministro disse que a soberania nacional para controlar o Canal do Panamá é uma conquista irreversível e inegociável do país.

Morales também negou alegações de Trump sobre o Panamá buscar US$ 3 bilhões (R$ 18,3 bilhões) para reparos no canal e cobrar taxas mais altas de navios americanos.

Ele afirmou que as tarifas são baseadas no tamanho e tipo de navio, com exceção da passagem prioritária para navios da Marinha norte-americana.

De acordo com o Wall Street Journal, antes da transferência formal do canal, o Panamá ofereceu contratos para operar terminais de carga, com empresas de vários países, incluindo a Hutchison Whampoa, de Hong Kong, ganhando lances para 2 contratos.