Neste momento de pandemia, quando as pessoas estão mais em casa e mais conectadas com o mundo digital, vêm ocorrendo novos golpes cibernéticos, ligados ao novo coronavírus.
Com a intenção de convencer o cidadão a transferir valores ou realizar pagamentos indevidos, o golpista se aproveita da busca por informações referentes à doença para apresentar ofertas vantajosas e realizar ameaças por motivos falsos.
Chega, inclusive, a envolver nomes de instituições financeiras, como vem ocorrendo com o Banco Central.
O chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do Banco Central, Luis Mansur, explicou que, em momentos de crise, tem gente que quer se aproveitar da fragilidade das pessoas para aplicar golpes financeiros.
“Muito cuidado com emails, SMS, mensagens por WhatsApp e até mesmo com ligações telefônicas de alguém se passando por funcionário de algum banco ou de órgão de governo, como o Banco Central”, ressaltou.
“Esses golpes envolvem a oferta de soluções financeiras milagrosas, como empréstimos e negociações de dívida.
São ofertas tentadoras, mas com condições irreais e que exigem o pagamento prévio, por meio de depósito ou transferência bancária”, explicou Mansur.
Alguns arquivos maliciosos que tem sido enviado às pessoas, por exemplo, é o Covid-19 Tracker, que bloqueia o celular do usuário e pede uma transferência financeira para reverter a situação.
O Banco Central também pede, neste momento, atenção redobrada com aplicativos e informações envolvendo o Auxílio Emergencial do governo, pois já existem operações fraudulentas que roubam dados dos usuários.
Especificamente para o benefício, é muito importante que os cidadãos utilizem única e exclusivamente os canais oficiais da Caixa ou do governo para buscar informações e acesso aos serviços.
“A mensagem então é muito clara: não abra emails suspeitos, não abra arquivos anexos, não clique em nada, não forneça informações.
Se houver qualquer dúvida, entre em contato com o seu banco por meio dos canais oficiais oferecidos pela instituição”, acrescentou Luis Mansur.
Se o golpe envolver o nome do Banco Central, a vítima pode ligar para o telefone 145 ou acessar o Fale Conosco.
Dicas de como evitar fraudes financeiras
Desconfie de preços muito abaixo dos praticados no mercado.
Nunca baixe aplicativos para celular fora das lojas oficiais (AppStore ou Google Play, por exemplo).
Nos empréstimos oferecidos por telefone, desconfie de ofertas muito vantajosas que não exijam garantias, como avalistas ou fiadores.
Nunca faça pagamento inicial para obter algum empréstimo.
Evite contratar empresas desconhecidas. Verifique se a instituição que oferta o empréstimo, financiamento ou consórcio é autorizada a funcionar pelo Banco Central.
Ao pagar boleto, verifique, no caixa eletrônico, no internet banking ou no aplicativo do celular, se o nome do beneficiário do pagamento é de pessoa ou empresa para quem você pretende transferir o recurso.
Caso receba ligações ou e-mails com ofertas ou pedidos de informação, não forneça senhas, números de cartão de crédito, endereço ou qualquer dado.
O Banco Central não tem competência para investigar crimes, e vítima do golpe precisa procurar a polícia, para que o caso seja investigado.
O cidadão também pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon e o Poder Judiciário.
Fonte: Dourados Agora