Assange está detido no Reino Unido e é solicitado pela Justiça dos Estados Unidos, que quer julgá-lo por espionagem
Organizações de direitos humanos e liberdade de imprensa pediram a libertação de Julian Assange, nesta sexta-feira, 3, em carta assinada por mais de 40 entidades. Assange está detido no Reino Unido e é solicitado pela Justiça dos Estados Unidos, que quer julgá-lo por espionagem.
Assange é fundador do Wikileaks, portal que divulgou centenas de milhares de documentos confidenciais do Estado norte-americano revelando os crimes de guerra que o país realizou no Oriente Médio.
A carta foi enviada ao ministro da Justiça do Reino Unido, Robert Buckland, e pede a “libertação imediata” do ativista e o impedimento de sua extradição para os EUA, onde pode ser condenado a mais de 150 anos de prisão. A análise do caso pela Justiça britânica deve ser retomada em 7 de setembro.
Assange estava exilado na embaixada do Equador em Londres desde o governo de Rafael Correa até ser entregue às autoridades britânicas pelo atual presidente do Equador, Lenin Moreno, aliado dos EUA.
Na semana passada, o Departamento de Justiça dos EUA expandiu o escopo do “crime de conspiração” de Assange, também o acusando de recrutar hackers, encorajando outras pessoas a pesquisar informações classificadas e conspirando para acessar um computador do ministério de defesa dos EUA.
“Estamos surpresos com o momento escolhido para fazer novas acusações, para dizer o mínimo”, disse o advogado de Julian Assange, Mark Summers, durante uma audiência administrativa na segunda-feira (29) no Tribunal de Magistrados de Westminster.
A justiça britânica começou a processar a ordem de extradição apresentada pelos Estados Unidos em fevereiro passado, mas o processo foi interrompido pela pandemia da Covid-19 e, como anunciou a juíza Vanessa Baraitser na segunda-feira, sua retomada está prevista para 7 de setembro, no Tribunal Penal Central de Londres, popularmente conhecido como Old Bailey, informa a Prensa Latina.
Fonte:Brasil 247