O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, ex-magistrado e entusiasta da operação Lava Jato, criticou o instituto da delação premiada se o réu estiver preso, a situação de seu ex-secretário Edmar Santos, que já anunciou informações sensíveis sobre a conduta do governador
O governador Wilson Witzel afirmou ao programa “Jogo do Poder” ainda inédito [confira link ao final da matéria] que não acredita em delação de quem está preso. O alvo de Witzel é seu ex-secretário de Saúde, Edmar Santos, envolvido com fraudes na aquisição de respiradores para o governo do Rio.
Witzel disse: “não acredito em delação de réu preso. Ele pode falar tudo, para construir uma narrativa que lhe permita deixar a prisão. Em alguns casos, os delatores mesmo sem provas contundentes, conseguiram se beneficiar e deixar a prisão.”
Segundo o site Agenda do Poder, “o governador criticou ainda o vazamento da informação de que Edmar Santos estaria fazendo a delação. Segundo ele, a lei que regula a colaboração do réu estabelece também o sigilo, a fim de que as informações sejam apuradas, confirmadas ou não, e não haja o uso político contra os envolvidos.”
O governador complementou: “alguém passou para uma revista que Edmar estaria fazendo delação. Na lei está claro que o ato é sigiloso, devendo ser preservada a identidade do delator. A delação não se presta à formação de prova. É apenas uma sinalização de quais provas devem ser obtidas para que se chegue ao fato criminal. No Brasil, nada disto está valendo. No Brasil, a delação tem sido utilizada para assassinar reputação.”
O programa “Jogo do Poder” irá ao ar pela CNT à meia-noite deste domingo, 19.
Fonte: Brasil 247