Hoje vamos falar de um smartphone que custa quase R$ 8 mil. Mas não estamos falando de um iPhone ou de um desses celulares dobráveis que vemos por aí. Esse é o preço do Motorola Edge+, o primeiro celular 5G do Brasil. Mas será que ele vale tudo isso?
Além do 5G, o grande chamariz desse produto é a tela. Ela tem um formato esticado na vertical e meio que escorre pelas laterais. Essa curva também tem funcionalidades: dá pra colocar atalhos de aplicativos e controlar o menu de configurações. E quando você deixa ele carregando com a tela pra baixo, a lateral mostra o nível de carga da bateria.
A respeito do 5G, porém, não pudemos testar esse recurso porque… bem, porque não existe 5G no Brasil. A Claro lançou uma rede preliminar que combina 5G e 4G em algumas regiões de São Paulo, mas ela não é habilitada no Motorola Edge+. Só no irmão dele, o Motorola Edge mais barato.
Pra justificar o preço de R$ 8 mil, o Edge+ tem também configurações de ponta, como processador super rápido, muita memória, bateria que dura mais de um dia, leitor de impressões digitais na tela… E vejam só que impressionante, em pleno 2020, um conector de fones de ouvido. Dá pra acreditar que isso ainda existe?
Motorola Edge+: ficha técnica
- Tela: 6,7″, OLED, Full HD+, 90 Hz e HDR10+;
- Processador: Qualcomm Snapdragon 865 octa-core;
- Memória RAM: 12 GB LPDDR5;
- Armazenamento: 256 GB (UFS 3.0);
- Câmera frontal: 25 megapixels (f/2,0);
- Câmera traseira:
- Principal: 108 megapixels (f/1,8) e estabilização óptica de imagem;
- Ultrawide e macro: 16 megapixels (f/2,2), 117 graus;
- Telefoto: 8 megapixels (f/2,4), zoom óptico de 3x e estabilização óptica de imagem;
- Profundidade: sensor de tempo de voo (ToF);
- Vídeo: 6K – 30 fps, 4K – 30 fps e Full HD – 60 fps;
- Bateria: 5.000 mAh;
- Carregador TurboPower: 18 watts;
- Carregamento sem fio: 15 watts;
- Carregamento reverso: 5 watts;
- Sistema: Android 10.
- Preço sugerido: R$ 7.999 (ou R$ 7.199 à vista pelo site da Motorola)
O que pode te incomodar no Motorola Edge+ é a câmera. Veja bem, as fotos não são ruins. Dá para tirar fotos legais com este smartphone. O grande problema é o desempenho: o aplicativo de câmera é lento e o foco automático erra o alvo muitas vezes.
Em vídeo ele tem limitações, principalmente em relação à resolução de imagem. E a prévia da foto, que você vê pelo app, sempre sai diferente do resultado final em termos de foco e nitidez. São defeitos quase invisíveis num celular barato, mas em um que custa R$ 8.000, são gritantes.
Vale a pena?
Pra saber se este celular vale a pena, temos que compará-lo a outros dessa mesma faixa de preço: o iPhone 11 Pro e o Galaxy S20 Ultra, da Samsung. E nessa comparação, a Motorola chega atrasada.
O Edge+ não tem proteção contra água, por exemplo, como os seus rivais têm. O desempenho é ótimo, mas não é melhor que os concorrentes. E a câmera, embora tire fotos legais, não chega ao mesmo patamar que a do iPhone ou Galaxy.
Dá para achar celulares tão bons quanto este por um preço menor, como o topo de linha da Xiaomi, por exemplo, ou um Galaxy S10, de 2019. Vale R$ 8.000? Na nossa opinião, não, porque nenhum smartphone vale tudo isso. Mas o Motorola Edge+ é uma boa alternativa para quem quer o melhor smartphone que o dinheiro pode comprar e não gosta das opções da Apple, da Samsung ou da Xiaomi.
Fonte: Yahoo