O procurador da República Diogo Castor pagou por um outdoor em homenagem à Lava Jato quando fazia parte da força-tarefa da operação. O Ministério Público Federal viu “falta de respeito à dignidade das funções” do órgão, mas o caso foi arquivado, porque o prazo para punir Castor terminou em abril deste ano, um ano após o caso chegar à corregedoria do MPF
O procurador da República Diogo Castor pagou por um outdoor em homenagem à Lava Jato quando fazia parte da força-tarefa da operação. Foi o que apontou uma sindicância da Corregedoria do Ministério Público Federal (MPF). No outdoor, instalado numa via de acesso ao aeroporto Afonso Pena, em Curitiba (PR), em março de 2019, há fotos de integrantes da operação, incluindo o próprio Castor, e a frase: “Bem-vindo à República de Curitiba, terra da Lava Jato, a investigação que mudou o país”. O caso foi arquivado, porque o prazo para punir Castor terminou em abril deste ano, um ano após o caso chegar à corregedoria.
De acordo com a subprocuradora da República Elizeta Maria de Paiva Ramos, corregedora-geral do MPF, a instalação do outdoor caracteriza “falta de respeito à dignidade das funções do MPF e infringência ao princípio da impessoalidade” do membro do Ministério Público. O relato foi publicado em reportagem do portal Uol.
Pouco antes de deixar a Lava Jato alegando problemas de saúde, em abril de 2019, Castor pagou por meio de um “contato pessoal” a instalação de outdoor comemorativo aos cinco anos da operação. Em depoimento prestado em maio deste ano, ele que sua pretensão era “elogiar e levantar o moral do grupo [de procuradores]”.
Diogo Castor não quis se pronunciar sobre o caso do outdoor. Segundo ele, questões relacionadas ao resultado da sindicância devem ser feitas à Corregedoria do MPF.
Fonte: Brasil 247