O Ministério do Meio Ambiente, sob gestão de Ricardo Salles, pretende não aplicar um dos tópicos do Plano Plurianual (PPA) da pasta que prevê a redução do desmatamento e incêndios ilegais no País
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O Ministério do Meio Ambiente, sob gestão de Ricardo Salles, pretende não aplicar um dos tópicos do Plano Plurianual (PPA) da pasta que prevê a redução do desmatamento e incêndios ilegais em 90% em todo o País. O ministério defende a preservação de apenas uma área específica de 390 mil hectares na Amazônia por meio do programa recém-criado Floresta+ Amazônia. A nova proposta também acaba com metas para os demais biomas brasileiros.
De acordo com informações publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo, a nova proposta da pasta, que deve ser cumprida até 2023, representa aproximadamente um terço do que foi desmatado na Amazônia entre julho de 2018 e agosto de 2019. Neste período, 1 milhão de hectares foram desmatados no bioma, apontou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara e algumas emendas de parlamentares inseriram no PPA a meta de preservação que Salles pretende derrubar.
As críticas à gestão dele na pasta aumentaram a partir do segundo trimestre deste ano, após a divulgação de conteúdo de um vídeo da reunião ministerial que aconteceu no dia 22 de abril, quando Salles sugeriu que o governo deveria aproveitar a atenção da imprensa voltada à pandemia de Covid-19 para aprovar “reformas infralegais de desregulamentação e simplificação” na área do meio ambiente e “ir passando a boiada”.
Um levantamento publicado na semana passada pelo jornal Folha de S.Paulo em parceria com o Instituto Talanoa mostrou que, entre março e maio deste ano, o governo publicou 195 atos no Diário sobre o meio ambiente. Nos mesmos meses de 2019, foram apenas 16 atos publicados relacionados ao tema, um aumento de 12 vezes.
Fonte: Brasil 247