O Brasil registrou no ano de 2020 a maior queda entre os países emergentes no recebimento de investimentos diretos

O Brasil sofreu no primeiro semestre de 2020, uma queda nos investimentos maior que a média observada entre os demais países emergentes.

Os dados são da Conferência da ONU para Desenvolvimento e Comércio, informa o jornalista Jamil Chade em sua coluna no UOL.

No total, o primeiro semestre registrou uma queda de 48% nos investimentos no Brasil em comparação ao mesmo período de 2019, atraindo um total de US$ 18 bilhões entre janeiro e junho.


Com isso, o Brasil foi sexto destino de investimentos no mundo, igualando-se ao México e superado por Cingapura, Irlanda, Alemanha, EUA e China. Em 2019, o Brasil aparecia na quarta posição entre os maiores destinos de investimentos.

No mundo, os investimentos tiveram uma queda de 49%, diante do impacto do confinamento nas decisões de multinacionais de adiar qualquer tipo de projeto. Para o ano, a previsão é de uma queda no fluxo mundial de investimentos que poderia variar entre 30% e 40%. Os anúncios de novos projetos de investimento caíram em 37%, enquanto as fusões e aquisições caíram em 15%.

O resultado brasileiro é pior que a média das economias emergentes e mais negativo que a média da América Latina.

No total, a região latino-americana recebeu US$ 62 bilhões no primeiro semestre do ano. “Enquanto o primeiro trimestre foi relativamente não afetado pela crise econômica induzida pela Covid, os fluxos caíram no segundo trimestre levando a declínios na maioria das principais economias, com exceção do México e Chile”, diz o informe.

“Na América do Sul, os fluxos para o Brasil caíram quase pela metade, para 18 bilhões de dólares”.

James Zhan, diretor do Departamento de Investimentos da entidade, explicou que um fator que pesou foi a dimensão que a pandemia ganhou no Brasil, dificultando a atração de investimentos. O Brasil é um dos líderes em mortes pela covid-19, de acordo com os dados da OMS.

Fonte: Brasil 247