Jair Bolsonaro disse a um apoiador na noite desta quarta-feira que a pandemia do coronavírus pode ser consequência de uma “guerra nuclear bacteriológica”. Ele segue a mesma linha de Donald Trump, que acusa a China de ter criado o Covid-19
Para Jair Bolsonaro, a pandemia do coronavírus pode ser consequência de uma “guerra nuclear bacteriológica” entre os países. Segundo ele, a Covid-19 pode ter “escapado” de um laboratório. Um apoiador questionou Bolsonaro na noite dessa quarta-feira (28) à saída do Palácio do Alvorada se a pandemia é algo criado estrategicamente para “derrubar” a economia dos países. “Eu não posso falar isso”, respondeu Bolsonaro. “Os países se preparam para a guerra. Até com bombas, né. Aí tem a guerra nuclear bacteriológica. Pessoal mexe com vírus de laboratório. Pode ter escapado isso aí”, acrescentou.
Depois o apoiador Bolsonaro questionou sobre o conceito de “ordem mundial”. “Isso existe, lógico. Eu não quero entrar em detalhes, se não tivesse ninguém gravando aqui eu falaria mais coisas, mas como está gravando eu vou evitar falar”, afirmou, em tom irônico.
Bolsonaro segue a linha de Donald Trump, numa tentativa de ideologizar a pandemia. O presidente americano tem acusado a China de criar o vírus da Covid-19 de maneira proposital para derrubar as economias de outros países. Para o chefe da Casa Branca, o vírus nasceu no laboratório do Instituto de Virologia, na cidade chinesa de Wuhan.
No dia 21 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) negou que o coronavírus tenha saído de um laboratório. O pronunciamento veio após os EUA anunciarem uma investigação sobre como o vírus se espalhou pelo mundo. O presidente Donald Trump insinuou que
Atualmente, os EUA ocupam o primeiro lugar no ranking global de casos da Covid-19, com 9,1 milhões. Depois vêm a Índia (8,0 milhões) e o Brasil (5,4 milhões). A China, onde começou o surto, tem 85 mil casos (54ª posição).
Em número de mortes, os EUA também estão na primeira colocação (233 mil). Em seguida vem o Brasil (158 mil). O governo chinês contabilizou 4,6 mil óbitos provocados pela pandemia.
Fonte: Brasil 247