O esforço da China para alcançar a autossuficiência tecnológica e se tornar um país neutro em carbono pode reduzir seu crescimento econômico pela metade, para uma média de 3% na próxima década, segundo o relatório da agência de classificação de risco S&P Global Ratings.
China pretende se tornar neutra em carbono até 2035. Imagem: Pixabay
Em um comunicado divulgado na quinta reunião plenária do comitê central do Partido Comunista Chinês, a China sinalizou o objetivo de se tornar tecnologicamente independente e alcançar grandes avanços em tecnologias essenciais até 2035. https://971fce78201e355b905605bfb2fc5483.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
A neutralização de carbono, por exemplo, pode ser alcançada à medida que mais tecnologias são utilizadas para otimizar os dispositivos, além da redução do desmatamento e do consumo de combustíveis fósseis. O uso de de outras fontes de energia, como a fotovoltaica e vapor de água, entre outras fontes de combustíveis renováveis, também se soma ao esforço para se alcançar tal objetivo.
Plano de cinco anos
Segundo o relatório da S&P Global, se o país asiático conseguir colocar em prática essas estratégias, a economia global passará por um realinhamento fundamental a partir de agora.
O preço da autossuficiência será o crescimento econômico mais lento.Imagem: Pexels/Reprodução
Para a própria China, de acordo com a agência de classificação de risco, o preço de uma maior autossuficiência será, quase certamente, um crescimento econômico mais lento, já que os efeitos benéficos da rede de diversas cadeias de suprimentos seriam sufocados.
Em um cenário de desvantagem, em que um esforço sustentado para alcançar a autossuficiência viu, pelo menos inicialmente, um retorno menos que estelar sobre o aumento do investimento necessário. Assim, o crescimento real do PIB da China poderia cair para 3% em média entre 2021 e 2030.
Fonte: Olhar Digital