Um novo foguete da China fez seu voo inaugural nesta terça-feira (22), como parte de um plano de longo prazo para desenvolver veículos de lançamento reutilizáveis. A meta é reduzir os custos das missões e acelerar os cronogramas de lançamento para clientes comerciais, informa a Agência Brasil
O novo foguete transportador médio da China, Longa Marcha-8, fez seu voo inaugural nesta terça-feira (22), enviando cinco satélites em órbita planejada, de acordo com a Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês).
O foguete decolou do local de lançamento de espaçonave Wenchang na costa da província insular de Hainan, no sul da China, às 12h37 (horário de Pequim).
O foguete Longa Marcha-8 tem um comprimento total de 50,3 metros, com massa de decolagem de 356 toneladas. Ele pode carregar uma carga útil de pelo menos 4,5 toneladas para uma órbita heliossíncrona a uma altitude de 700 quilômetros.
O foguete preenche a lacuna na capacidade de lançamento da China para a órbita heliossíncrona de 3 toneladas a 4,5 toneladas, e é de grande importância para acelerar a atualização dos veículos de lançamento, segundo a CNSA, informa a Xinhua.
A China planeja desenvolver foguetes reutilizáveis na série Longa Marcha 8 nos próximos anos. Eles são semelhantes à linha Falcon, que já está sendo produzida pela empresa aeroespacial privada norte-americana SpaceX.
A China desenvolverá seu primeiro veículo VTVL perto de 2025, disse uma autoridade da China Aerospace Science and Technology Corp, a principal prestadora de serviços espaciais do país, em uma conferência em novembro.
No início deste mês, a China trouxe rochas e solo da lua, as primeiras amostras retiradas do satélite da Terra desde 1976. Em julho, o país lançou sua primeira missão independente a Marte.
Perto de 2022, a China pretende concluir uma estação espacial multimódulos habitada, e até 2045 espera criar um programa para operar milhares de voos por ano e transportar dezenas de milhares de toneladas de carga e passageiros, destaca a Agência Brasil.
A China investe bilhões de dólares em seu programa espacial, tentando alcançar a Europa, os Estados Unidos e a Rússia.
Entre seus projetos mais ambiciosos está colocar um veículo robótico controlado remotamente em Marte no próximo ano, construir uma grande estação espacial até 2022 e enviar chineses à Lua em 2030.
Em 1957, quando a União Soviética colocou em órbita terrestre o primeiro satélite feito pelo homem, o Sputnik, Mao Tsetung, o líder da Revolução Chinesa e fundador da República Popular da China, Mao Tsé-Tung, lançou então um apelo ao povo: “Nós também fabricaremos satélites!”. Hoje a China está em vias de se tornar uma grande potência espacial.
Fonte: Brasil 247