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247 – A Petrobrás, que investiu bilhões em pesquisa e descobriu o pré-sal, está ficando de fora da festa. Isso é consequência direta do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, que teve como consequência a mudança no marco regulatório do petróleo, com maior espaço para empresas como Shell, BP, Chevron, Total e outras companhias internacionais. É o que aponta reportagem desta quarta-feira, publicada no Valor Econômico.
“Enquanto a Petrobras prevê manter estável a curva de produção de petróleo da empresa a partir de 2022, o volume produzido pelas demais petroleiras, no Brasil, deve mais que dobrar nos próximos anos. O programa de venda de ativos da estatal e os novos projetos do pré-sal têm capacidade para incorporar, até 2025, pelo menos mais de 900 mil barris diários ao portfólio de um grupo bastante heterogêneo que inclui desde pequenos produtores nacionais às grandes multinacionais e que produz, hoje, cerca de 780 mil barris/dia”, aponta o texto de André Ramalho.
“Atualmente, a estatal representa 74% de todo o volume de petróleo produzido no país, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Como a petroleira brasileira pretende manter a produção estável, a tendência é que a companhia perca participação de mercado”, informa ainda o jornalista. Segundo ele, em 2025, a participação da Petrobrás cairá para 59% da produção total no Brasil.
Além de entregar o pré-sal para empresas internacionais, o golpe liderado por Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves, Eduardo Cunha, José Serra e Michel Temer também teve como consequência uma gasolina mais cara para os brasileiros e uma redução da produção de equipamentos pela indústria brasileira para o setor de óleo e gás.
Fonte: Brasil247