Eles passaram a falar mal de mim. Entrevistaram uns psicólogos e disseram que eu tenho problemas mentais! Problemas mentais? Eu? Nuncanuncanunca!
Diário, eu fui traído. Não por mulher, que eu nunca fui corno (pelo menos, não que eu saiba). Fui traído pelo pessoal da revista Crusoé. Eles eram meus chapas. Daqueles de dividir palito de dente. Mas agora parecem ex-esposa: depois de saber tudo que eu fiz, de dormir na mesma cama e de me fazer cafuné, me abandonam e passam a falar mal de mim. Canalhas!
Um dos psiquiatrólogos falou que eu tenho “personalidade epilética”. O que é isso? É um cara famoso que toma pileque? Aí é o Lula, pô!
O talzinho disse que eu tenho “personalidade epilética” porque sofro de “irritabilidade” (mas, com todo mundo me irritando, como é que eu não vou ficar irritado?), “explosividade” (dou um tiro se ele disser isso na minha cara!), “mau humor” (bah!) e “egocentrismo” (bobagem, sou o cara menos egocêntrico do mundo).
Outro falou que eu tenho “paranóia sistêmica”, que é uma mistura de “mania de perseguição” (e não tão me perseguindo com essa reportagem? Hein? Hein?), com “senso de grandiosidade” (o que eu não tenho que aguentar para salvar esse país…), “enaltecimento de si mesmo” (agora não posso mais falar do meu histórico de atleta? é só olhar minhas fotos para ver como eu estou bem, fiz até gol esses dias), e “mania de ter inimigos poderosos” (esse médico deve fazer parte do Foro de São Paulo, uma conspiração mundial comunista que quer me derrubar).
Uma doutora lá ainda disse que eu tenho traços de “perversão”, porque tenho prazer com o sofrimento do outro. O exemplo dela foi que eu falei no torturador da Dilma e na morte do pai do Felipe Santa Cruz. Pô, mas quem é que não tira sarro de um torturado de vez em quando?
Falaram tudo isso, mas eu não sou um desequilibrado mental! Não sou, não sou, não sou!
E por que você está me olhando com essa cara, Diário? Tá rindo de mim? Quer que eu te esfaqueie com a minha caneta tinteiro, quer?
Então toma, toma, toma!
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Fonte: RBA