Com a hashtag #vacine-se, os especialistas pediram para que a população não acredite em movimentos que coloquem em dúvida a eficácia e segurança das vacinas
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) da área da saúde se uniram e, por meio de vídeo, falaram sobre a importância da vacinação contra a covid-19. Com a hashtag #vacine-se, os especialistas pediram para que a população não acredite em movimentos que coloquem em dúvida a eficácia e segurança das vacinas (veja o vídeo abaixo). Na manhã desta terça-feira (19/1), a enfermeira Lídia Rodrigues Dantas, 31 anos, que atua no atendimento do Pronto-Socorro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) foi a primeira pessoa da capital a receber o imunizante.
Na avaliação da professora Helaine Capucho, do departamento de farmácia, as vacinas são capazes de reduzir o número de casas de uma determinada doença e, agora, contra a covid-19, elas podem não só reduzir o número de casos, mas como reduzir a gravidade, se alguém for infectado. “Superar a covid-19 no Brasil e no mundo depende de cada um de nós. Não tenha medo”, afirmou.
André Nicola, do departamento de medicina, associa a chegada das vacinas como um “marco importantíssimo”. “São vacinas seguras e eficazes, que foram desenvolvidas em mais ou menos um ano após o período da pandemia”, frisou.
O epidemiologista e professor em saúde coletiva Jonas Brant explica que, ao imunizar a maioria das pessoas, o vírus não encontra condições de se manter naquele ambiente. “Ele (vírus), às vezes, infecta uma pessoa, mas ao tentar encontrar uma outra pessoa para se manter naquele espaço, ele só encontra pessoas imunizadas e isso faz com ele desapareça.”. Na avaliação do especialista, para conseguir esse efeito, o país tem de atingir uma alta cobertura.
Vacinação
Às 10h da manhã desta terça-feira (19/1), teve início a vacinação contra a covid-19 no Distrito Federal. A enfermeira Lidia Rodrigues Dantas, 31 anos, foi a primeira pessoa da capital federal a receber o imunizante. Ela atua no atendimento do Pronto Socorro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), hospital referência no atendimento a covid19. “Ainda estou sem acreditar. Estou emocionada e feliz por ter feito parte disso tudo”, disse Lidia.
A vacinação ocorrerá em quatro fases, divididas por grupos prioritários. Os primeiros a serem imunizados serão os profissionais da saúde; idosos acima dos 60 anos que estão em instituição de acolhimento ou asilos e pessoas com mais de 18 anos com deficiência física que vivem nessa mesma condição, bem como seus cuidadores; e a população indígena.
Na segunda fase, a meta é vacinar todas as pessoas com mais de 60 anos. A terceira parte do plano de vacinação inclui pessoas com comorbidades. Professores e profissionais da força de segurança serão incluídos na quarta fase do plano, que chegou a ser excluída da proposta original, mas voltou à previsão após reivindicações das categorias.
Fonte: Correio Braziliense