Divulgação, GCM, Arquivo

O presidente da Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do SUl), Valdir Júnior (PSDB), afirma que o cancelamento do ponto facultativo do Carnaval (nos dias 15, 16 e manhã do dia 17) ainda é avaliado internamente. A questão divide o próprio Governo de Mato Grosso do Sul que, por um lado, tem o secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende, recomendando a anulação, enquanto o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pondera.

“Ainda não conversei com a direção executiva, não tomamos uma decisão. Mas estamos em discussão. Devemos seguir o Estado”, disse o dirigente. No entanto, ele acredita que, eventual decisão do Governo de MS, não deve, necessariamente, se sobrepor aos decretos municipais.

Isso porque, se houver manutenção da folga por parte do Executivo, a medida abrangerá servidores estaduais, enquanto os municipais dependeriam de determinação de suas prefeituras. Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, por exemplo, publicou na terça-feira (2), decisão de manter os pontos facultativos durante o Carnaval, excluindo apenas os funcionários públicos que executam serviços essenciais.

Já em Três Lagoas, a decisão foi o contrário. A prefeitura daquele município suspendeu eventos relativos e ainda cancelou o ponto facultativo que ocorreria entre 15 e 17 de fevereiro.

Evitar aglomeração

Em 24 de janeiro, dia em que chegou a Campo Grande o primeiro lote da vacina Oxford/Astrazeneca, Geraldo Resende disse ao Jornal Midiamax que era favorável à suspensão do ponto facultativo, como forma de evitar reuniões e aglomerações. Na ocasião, explicou que a defesa era resultado da ‘lição’ aprendida no fim de 2020 e começo deste ano, quando quando os feriados de Natal (25 de dezembro) e Ano Novo (1º de janeiro) resultaram em reuniões e festas que tiveram influência nos números atuais do coronavírus no Estado.

Quatro dias depois, o próprio titular da pasta confirmou que o Governo do Estado acataria a recomendação e cancelaria o ponto facultativo. Sem publicação em Diário Oficial, a medida continuou em suspenso e, um dia depois, o Executivo estadual afirmou que não tinha qualquer decisão sobre o assunto. Na terça-feira, na primeira vez que falou publicamente sobre o assunto, o governador disse que a decisão ainda será avaliada, mas, em todo momento, as afirmações apontaram para manutenção da folga do servidor.

Fonte: MidiaMax