De arquivo, Midiamax

A imunização com AstraZeneca em gestantes deixou de ser utilizada de forma preventiva desde 11 de maio pelo Ministério da Saúde após recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em MS, 3.637 gestantes e puérperas tomaram a primeira dose da vacina e aguardam definição para tomar a segunda dose. Enquanto isso, em outros estados, como São Paulo, a dose de reforço para as grávidas foi anunciada nesta quarta-feira (21) e, seguindo os passos da cidade do Rio de Janeiro, aplicará o imunizante da Pfizer como 2ª dose.

Conforme a SES-MS (Secretaria Estadual de Saúde), o Ministério da Saúde é quem deve definir qual fabricante de vacina será destinado às grávidas como segunda dose. A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, mas não teve nenhum posicionamento. 

Segundo o G1, o estado de São Paulo determinou, nesta quarta-feira, que grávidas e puérperas que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 recebam a segunda dose do imunizante da Pfizer. A medida passa a valer a partir de sexta-feira (23). Anteriormente, a determinação governo do estado para os municípios era de seguir orientação do Ministério da Saúde para que grávidas e puérperas completassem o esquema vacinal 45 dias após o parto.

Em junho, a Prefeitura do Rio de Janeiro foi a primeira capital brasileira a adotar a combinação de imunizantes para completar o esquema vacinal das grávidas e puérperas que tomaram a vacina da AstraZeneca na primeira dose.

Fabricantes suspensas para grávidas

Além da AstraZeneca, a Anvisa recomendou, no dia 2 de julho, que grávidas não tomem dose da Janssen devido às reações adversas. A fórmula do imunizante foi adicionada à lista de restrições. Em Mato Grosso do Sul, apenas quatro gestantes receberam dose do imunizanteConforme dados do vacinômetro da SES (Secretaria Estadual de Saúde), três grávidas em Campo Grande e uma em Fátima do Sul receberam a dose única da Janssen. 

A suspensão foi feita para evitar casos de trombose e formação de coágulos sanguíneos, efeitos adversos considerados muito raros após a vacinação com fórmulas com vetor adenoviral.

O órgão pede ainda que seja criado um sistema para identificar casos suspeitos da reação. Os sintomas mais comuns são falta de ar, dor no peito, inchaço ou dor nas pernas, dor abdominal persistente, dor de cabeça grave e persistente, visão turva, confusão, convulsões, manchas vermelhas no corpo, hematomas ou outras manifestações no local da injeção. Pacientes que apresentarem os sintomas devem procurar serviço médico.

No novo comunicado, a agência lembra a importância da vacinação e que os imunizantes citados são seguros e devem ser aplicados na população em geral. “A Anvisa reforça a relação benefício-risco favorável das vacinas contra Covid-19 autorizadas para uso no país, sendo essencial a continuidade da imunização da população”, diz o documento.

As gestantes estão no grupo de prioridades para a vacina contra a Covid-19 desde abril. Segundo a Fiocruz, a taxa de letalidade entre as grávidas é de 7,2% – na população geral, o índice é de 2,8%. Até o final de junho, 1.156 gestantes faleceram em consequência da infecção.

Fonte: midiamax