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O mês de julho foi marcado por ondas de frio das mais intensas dos últimos anos que deixaram marcas, principalmente, no setor produtivo de Mato Grosso do Sul. O principal impacto ocorreu devido às fortes geadas, que causaram perdas na lavoura e pecuária.

Os impactos não se restringem apenas a prejuízos aos produtores. Uma série de fatores pode levar à alta nos preços de alguns produtos no mercado como a carne, por exemplo.

Isso porque as geadas danificam a vegetação como lavouras e pastagens. A situação vai gerar mais custos aos criadores de gado que, consequentemente, irão repassar para a cadeia produtiva até chegar aos mercados para o consumidor com preço mais alto.

Nas lavouras

A região mais impactada pelas geadas foi a sul de MS. Em Amambai, produtores precisaram adiantar a colheita do milho para evitar uma perda ainda maior. Mesmo assim, a estimativa é de que a região tenha perdido mais de 50% do previsto para a produção, conforme o presidente do sindicato rural do município, Rodrigo Lorenzetti.

“Complicou bem, tivemos 7 geadas fortes, queimou tudo”, diz Lorenzetti, explicando que alguns produtores que anteciparam a compra de insumos vai conseguir pagar as contas, mas os que pagaram mais caro terão prejuízos. “Muitos já acionaram o seguro”, completa.

O cenário só não está pior devido à colheita da soja este ano, que superou as expectativas.

Alimentos

A corretora XP apresentou cálculo apontando que somente as geadas das últimas semanas podem impactar em 0,1% na inflação oficial do ano, que tem potencial de ultrapassar 7% em 2021.

Os cálculos levam em consideração a alta no preço dos alimentos.

Fonte: midiamax