Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Neste mês, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros — mais conhecida por Selic — para 5,25% em uma alta repentina que não era praticada há 18 anos. Apesar de parecer um assunto distante, isso pode afetar diretamente o seu bolso de várias formas possíveis.

Primeiro, vamos entender o que é a taxa Selic. A economista Daniela Dias explica que ela serve como uma referência para outras taxas como “cartão de crédito, empréstimo, financiamento de casa e carro”, pontuou, complementando que o acesso a esses tipos de crédito devem ficar mais caros e difíceis.

Ou seja, para quem está pensando em emprestar dinheiro, seja por empréstimo direto ou por meio de financiamento, o momento fica um pouco mais complicado. Por outro lado, quem tem dinheiro para investir pode aproveitar a situação, uma vez que receberá mais juros pelas aplicações.

Um dos motivos para a alta é, justamente, para inibir o consumo e isso pode ser bom. Conforme a especialista, nos últimos meses o consumidor sentiu no bolso a alta no preço de todos os produtos desde a alimentação até os combustíveis. “A tendência é inibir o consumo. Com o crédito mais caro, estou dizendo para o consumidor que não é tão vantajoso consumir, adquirir esse crédito ou que a aquisição precisa ser feita com moderação. É uma das formas de tentar controlar o índice inflacional”, analisa.

Outras formas de controlar esse aumento dos preços são mais complexas e envolvem controle dos gastos públicos ou aumento de impostos, que no momento é inviável para a população. 

O que muda para quem investe?

Por ser uma taxa de referência, a Selic impacta, também, os investimentos. Daniela avalia que investir em outra modalidade de renda fixa pode ser interessante. “A poupança fica um pouco mais atrativa, mas em relação a outros investimentos, se torna algo menos atrativo”, pondera.

Então, para quem quer começar a investir, esse pode ser um bom momento, pois os investimentos de renda fixa podem render mais. “Para quem não está disposto a correr riscos num primeiro momento, os fundos de renda fixa podem ser muito interessantes”, completa.

Mas, antes de sair investindo por aí, é importante buscar conhecimento. Procure um analista financeiro devidamente registrado ou seu banco de preferência para analisar qual o melhor tipo de investimento para o seu perfil e condição econômica.

Fonte: midiamax