Nesta segunda-feira (16) a empresa francesa Arianespace usará um foguete Vega para colocar cinco satélites em uma órbita síncrona ao sol. A missão VV19 irá partir do Centro Espacial da Guiana em Kourou, na Guiana Francesa, às 22h47 (horário de Brasília), com transmissão ao vivo no canal da Arianespace no YouTube.

A bordo do foguete estarão os satélites Pléiades Neo 4, o segundo de quatro satélites de alta resolução para observação da Terra que formarão a constelação Pléiades Neo, da Airbus, além de quatro satélites de pequeno porte (Cubesats) chamados BRO-4 (da Unseen Labs), Sunstorm, Ledsat e Radcube (da Agência Espacial Europeia, ESA).

Juntos, os cinco satélites pesam 1.029 Kg. Todos serão colocados em uma órbita heliossíncrona, que faz com que o satélite passe sobre um ponto na Terra sempre na mesma hora, todos os dias.

Conheça a carga da missão VV19

Segundo a Arianespace, os satélites Pléiades Neo irão oferecer aos “principais serviços de observação terrestre, agora e nos próximos dez anos”, maior resolução e precisão de geolocalização, além da possibilidade de visitar um local duas vezes ao dia. Combinada à capacidade realizar capturas entre 30 e 40 minutos após um pedido, isto torna possível “responder a situações críticas em tempo real, o que é muito útil em desastres naturais“.

Ilustração do satélite Pléiades Neo 4 em órbita. Imagem: Arianespace

O satélite BRO-4 (Breizh Reconnaissance Orbiter) é um parte de uma constelação projetada para interceptar sinais de radiofrequência a partir do espaço, e será usado no monitoramento de transporte marítimo. Já o Sunstorm é projetado para detectar ejeções de massa coronal, que causam as chamadas “tempestades solares“, que podem interromper comunicações na Terra.

O Ledsat é um satélite italiano desenvolvido pela Universidade de Sapienza com o apoio da Agência Espacial Italiana, criado para investigar o desempenho de uma tecnologia baseada em LEDs (Light Emitting Diodes, Diodos Emissores de Luz) para facilitar a identificação e rastreamento de satélites em órbita, especialmente para identificação óptica da espaçonave, determinação de seus parâmetros orbitais, reconstrução de atitude e como um sistema de comunicação de “backup” baseado em sinais luminosos.

Por fim, o Radcube irá demonstrar tecnologia de instrumentação miniaturizada para medir o nível de radiação espacial local e o campo magnético na órbita baixa da Terra para monitoramento do “clima” espacial.

Fonte: Olhar Digital