Após dois anos do primeiro caso confirmado de Covid em Mato Grosso do Sul, são mais de 10 mil mortes confirmadas pela doença e mais de 521 mil moradores infectados. Mais vulneráveis à doença, os idosos com mais de 60 anos representam 65% do total de mortes no Estado, ou seja, 6,8 mil idosos morrem pelo vírus.

Conforme dados do Painel Mais Saúde da SES (Secretaria Estadual de Saúde), os idosos com idades entre 60 a 69 anos e 70 e 79 anos, foram as pessoas que mais perderam a vida para coronavírus no estado. Ambos os grupos com percentual de 23% em número de mortes. 

Os moradores mais ‘velhinhos’, com mais de 90 anos, representam 4% do total de óbitos no estado, ou seja, 418 moradores nesta faixa-etária morreu em decorrência de complicações do vírus. 

Ainda segundo os dados da SES, os idosos com mais de 60 anos já representam mais de um milhão de doses de vacina aplicadas em MS. Até então, 1.104.497 moradores nesta faixa-etária foram vacinados com primeira dose, segunda dose e reforços. 

Dois anos de contaminação, um ano de vacinação

No dia 18 de janeiro de 2021, por volta das 15h10, o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) pousava em Campo Grande trazendo esperança aos sul-mato-grossenses. Com 158.766 doses da Coronavac a bordo, começava ali o capítulo mais esperado da pandemia: o início da imunização contra o vírus que cruelmente tirava a vida de centenas de moradores.

O boletim epidemiológico de MS daquela segunda-feira, 18 de janeiro, registrava 2.686 óbitos da doença e de maneira emergencial, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), liberava a vacina do laboratório Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, para iniciar a campanha de imunização. Assim que as doses desembarcaram em Campo Grande, a SES iniciou de imediato a distribuição aos municípios. 

No mesmo dia, as primeiras doses foram aplicadas no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). Os primeiros a receberem a sonhada ‘furadinha’ no braço foram profissionais da saúde, uma idosa institucionalizada em asilo e uma senhora indígena: o médico Marcio Estevão Midom, de 44 anos; a indígena terena Domingas da Silva, de 91 anos; Maria Bezerra de Carvalho, de 84 anos, que vive no Asilo São João Bosco; e a auxiliar de enfermagem Sandra Maria de Lima.

Atualmente, MS tem 90% do total da meta vacinável, com mais de 5,3 milhões de doses aplicadas. 

Fonte: midiamax