A primeira etapa da campanha contra a febre aftosa, em Mato Grosso do Sul, encerra no dia 31 de maio e é destinada aos animais jovens, de até 24 meses. Neste ano, para equacionar a demanda destas vacinas com o cronograma previsto de produção da indústria, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) decidiu inverter a estratégia e divulgou novas datas.
Dessa forma, em novembro, ocorrerá a 2ª etapa, destinada aos animais de todas as idades. No Pantanal, no entanto, a campanha permanece inalterada e os optantes do mês de maio vacinam 100% do rebanho e optantes de novembro vacinam 100%, conforme a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).
Ao falar sobre o assunto, o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, disse que a inversão é benéfica para o Estado e mantém os animais protegidos. Ele também disse que a campanha anterior teve o índice de 99,62% de animais vacinados, totalizando 9.119.303, entre bovinos e bubalinos.
Ingold também argumentou que o último foco no Estado ocorreu no ano de 2006 e, desde 2018, o território do país é reconhecido, internacionalmente, como livre da febre aftosa (zonas com e sem vacinação). A meta, ainda conforme o presidente, é que todo o território brasileiro seja considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.
Suinocultura será beneficiada, diz associação
O anúncio de que Mato Grosso do Sul será reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação a partir de 2023, além de beneficiar outras áreas, também deverá favorecer a suinocultura.
Para o presidente da Asumas (Associação Sul-mato-grossense de Suinocultores), Alessandro Boigues, a medida vai ampliar mercados para os suínos.
A febre aftosa é uma doença que acomete animais domésticos (bovinos, bubalinos, suínos, ovinos e caprinos) e silvestres (javalis, capivaras, cervídeos, bisão, búfalo africano, elefantes, girafas, lhamas, alpacas, camelos-bactrianos).
Apenas o rebanho bovino é vacinado. Ainda assim, a doença pode ser transmitida aos suínos que são hospedeiros. Por isso, a importância de obter a área livre da doença.
Como funciona em outros estados?
Além de MS, a vacinação também deve ocorrer dessa forma na Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e Tocantins, integrantes do Bloco IV do PNEFA.
Fonte: midiamax