O prazo para os trabalhadores fazerem reserva de ações da Eletrobras utilizando o saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) terminou na quarta-feira (8).
Os interessados tinham a possibilidade de aplicar um valor mínimo de R$ 200, tento como máximo utilizar até 50% do saldo disponível na conta do fundo.
Segundo a Caixa Econômica Federal, a expectativa era que ação movimentasse até R$ 6 bilhões pelos FMP-FGTS (Fundos Mútuos de Privatização).
No entanto, o banco informou que, para aqueles que perderam o prazo, não existe a expectativa de retorno dessa possibilidade, uma vez que ela depende de vários trâmites legais para ser autorizada.
Procurada, a Eletrobras informou, em nota, que “qualquer nova informação a este respeito será comunicada formalmente ao mercado”.
Segundo especialistas, caso o trabalhador tenha perdido o prazo, não poderão mais realizar o operação via fundo. “Ainda é possível fazer a compra de ações da empresa, mas não mais utilizando os recursos do FGTS”, explica Gustavo Fabricio, sócio da RPS Capital.
A reserva de ações ocorre como parte do processo de capitalização da estatal, com expectativa de movimentar cerca de R$ 35 bilhões.
O que vem a seguir
Nesta quinta-feira (9) deve ter início a precificação das ações. Ou seja, será analisado o preço médio que os investidores demonstraram ter interesse em pagar pelas ações da Eletrobras.
Já na próxima segunda-feira (13), a expectativa é de que comecem as negociações na B3, bolsa de valores de São Paulo.
A Eletrobras
A Eletrobras tem perto de 51 gigawatts (GW) em capacidade instalada de geração — equivalente a 29% do parque gerador do Brasil — e mais de 70 mil km de linhas de transmissão, ou 43,1% da rede nacional.
Um dos propósitos da capitalização é fazer com que a companhia tenha condições de aumentar seu nível de investimentos e se tornar mais competitiva no mercado.
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