Na noite desta quarta-feira (6), o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, demitiu o aliado próximo e ministro sênior Michael Gove. Fontes disseram à CNN que Gove pediu a Johnson no início do dia que aceitasse que seu tempo no poder havia acabado.

Quando surgiram as notícias da demissão, um porta-voz de Johnson insistiu à Sky News que o primeiro-ministro estava de bom humor.

“Ele sabe que vai ser difícil, mas me pediu para deixá-lo em Downing Street, vir aqui, dizer aos parlamentares que ouviu, que está disposto a lutar, vai fazer algumas mudanças, vai fazer algumas nomeações de gabinete hoje”, disse James Duddridge, secretário privado parlamentar de Johnson.

A demissão de Gove acontece durante uma crise no governo britânico. Diversos membros da administração federal renunciaram aos cargos, levantando a questão de como o primeiro-ministro poderia preencher todos os cargos recém-vagos.

Sua liderança esteve atolada em escândalos e erros nos últimos meses, com o primeiro-ministro multado pela polícia por violar as leis do lockdown da Covid-19 e um relatório condenatório publicado sobre o comportamento de funcionários em seu escritório em Downing Street que violaram suas próprias regras de bloqueio.

O último escândalo viu Johnson se desculpando por nomear um legislador para um papel envolvido no bem-estar e disciplina do partido, mesmo depois de ser informado de que o político havia sido alvo de queixas sobre má conduta sexual.