“Ninguém pega monkeypox porque é gay”, explicou o médico e pesquisador do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Rico Vasconcelos, à CNN Rádio.
O Brasil tem mais de 100 casos registrados de varíola dos macacos e, de acordo com o especialista, “o que acontece é que o vírus pode ser transmitido para qualquer pessoa que tenha contato próximo com alguém doente”, pela saliva ou contato em que há troca de gotículas com alguém infectado.
“Neste momento, em julho de 2022 no Brasil, os casos se disseminam de forma mais concentrada entre homens gays, como se estivesse chovendo para todo mundo, mas mais no quintal de homens gays e por isso eles têm que estar mais atentos.”
Ele reforça, no entanto, que “daqui a algumas semanas ou meses”, pode ser que outro grupo seja o mais atingido.
“A boa notícia é que essa é uma doença benigna, depois dos sintomas, em algumas semanas a pessoa cura sozinha, não há letalidade”, completou.
Mesmo assim, ele alerta que a doença não é considerada sexualmente transmissível, mas que o contato sexual, como há proximidade e troca de gotículas, é propício para que se pegue a doença.
“Se está usando camisinha, ela não está protegida contra o monkeypox.”
As pessoas “têm que ficar mais atentas que, se tiverem sintomas como dor de cabeça, mal-estar, dor no corpo, antes de aparecerem as lesões típicas, ir para uma festa com 5 mil pessoas ou num encontro, talvez não seja uma boa ideia”.
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