Antes de começar as filmagens de A Maldição do Pérola Negra, astro conversou com o diretor e sugeriu que seu personagem fosse ferido em combate.

Não é segredo que a performance de Johnny Depp como o capitão Jack Sparrow não agradou tanto a Disney, já que as decisões criativas do ator fugiam completamente do cinema de família feito pelo estúdio. Entre as muitas mudanças propostas por Depp na época de Piratas do Caribe – A Maldição do Pérola Negra (2003), estava uma ideia bastante absurda – e gore demais para uma empresa cujo legado envolve princesas, magia e finais felizes.

Em um dos primeiros encontros entre Depp e o diretor Gore Verbinski, o astro sugeriu que seu personagem deveria ter uma parte do rosto desfigurada em cena, mais especificamente o nariz cortado em uma luta de espadas. Então, ele o teria costurado de volta, mas, devido à má circulação sanguínea no tecido, o nariz começaria a ficar azul e acabaria virando uma ferida sangrenta.

O corte do órgão seguido pela cirurgia (provavelmente não muito bem sucedida) não só soa bastante brutal e repugnante, como teria resultado em um visual ainda mais bizarro para o pirata. Ainda assim, teria dado a ele uma peculiaridade totalmente nova: com sua sensibilidade nasal, Sparrow teria mais medo de pegar um resfriado, de um perfume que o fizesse espirrar ou de um mergulho do que da própria morte.

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Quase mais louco do que o pedido em si, no entanto, é o fato de que Verbinski quase cumpriu o desejo insano de Depp – de acordo com o comentário em áudio incluído no DVD de Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra. Por mais chocado que o cineasta tenha ficado, ele estaria determinado a convencer a Disney do tal nariz azul. Eventualmente, Depp reconheceu que sua sugestão havia extrapolado os limites e decidiu abandoná-la.


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Orlando Bloom e Johnny Depp em cena de A Maldição do Pérola Negra (2003).

Quanto ao futuro da franquia, segue em aberto após Depp vencer o processo por difamação que moveu contra sua ex-esposa, a atriz Amber Heard. Depp havia sido demitido da saga devido às acusações de abuso físico e verbal feitas por Amber desde 2017, quando o casal anunciou sua separação e deu início à polêmica que resultaria no julgamento deste ano.

Segundo várias fontes, a Disney poderia estar oferecendo pouco mais de US$ 300 milhões para trazê-lo de volta como Sparrow em um sexto filme, ao lado de ninguém menos que Margot Robbie. Contudo, o próprio astro declarou no tribunal que não reprisaria o papel mesmo que recebesse tal quantia.

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Antes do veredito, a Casa do Mickey trabalhava com dois projetos hipotéticos: uma sequência direta protagonizada pelos jovens atores do quinto filme, Kaya Scodelario e Brenton Thwaites; e o spin-off/reboot estrelado por Margot. Até o momento o estúdio não bateu o martelo.

A única novidade é que uma pessoa-chave no sucesso das aventuras de Sparrow vai retornar em Piratas do Caribe 6: Ted Elliott, corroteirista dos quatro primeiros longas e também criador dos lendários personagens – como Elizabeth (Keira Knightley), Will (Orlando Bloom) e, claro, o protagonista. O produtor Jerry Bruckheimer confirmou a notícia, anunciando que um novo script já está em andamento.