Entidades do setor de saúde criticam energicamente o discurso e as atitudes de Jair Bolsonaro, que nega as evidências científicas no debate sobre a epidemia do coronavírus. Enquanto Bolsonaro faz declarações e toma atitudes negacionistas, a doença se propaga no Brasil e no mundo

Pronunciamento de Bolsonaro foi “discurso de morte”, segundo entidades da saúde (Foto: Alan Santos/PR)

247 – Entidades da saúde divulgaram um manifesto neste domingo (29) considerando “intolerável e irresponsável o discurso de morte” feito por Jair Bolsonaro na noite de 24 de março, em cadeia nacional de rádio e TV.

Para as entidade de saúde coletiva e da bioéticas, a posição de Jair Bolsonaro sobre o surto de coronavírus é “incoerente e criminosa” e nega o conjunto de evidências científicas que pautam o combate à pandemia em todo o mundo. 

Bolsonaro desvaloriza o “trabalho sério e dedicado de toda uma rede nacional e mundial de cientistas e desenvolvedores de tecnologias em saúde”, diz o manifesto das entidades, que também criticam o desrespeito do ocupante do Planalto ao “excelente trabalho da imprensa e de numerosas redes de difusão de conhecimento, essenciais para o esclarecimento geral sobre a Covid-19, e desmobiliza a população a dar seguimento às medidas fundamentais de contenção para evitar mortes”.

O texto reforça uma ideia cada vez mais consensual no país de que o “pronunciamento perverso” de Bolsonaro “pode resultar em mais sofrimento e mortes na já tão sofrida população brasileira, particularmente entre os segmentos vulnerabilizados em nosso país.”

As informações são da jornalista Cláudia Collucci na Folha de S.Paulo