Por Adriano Diogo | Jornalistas Livres
Para nós Cristãos, hoje é o sábado de aleluia, dia que aprendemos na nossa cultura, que Jesus ressuscita para renascer de novo.
Tudo isso ocorre na nossa liturgia presencial e para nós é muito forte e importante, nas procissões temos a cerimônia da crucificação de Cristo e no sábado a ressurreição, imagem criada pelo catolicismo, ramo do judaísmo.
A ressurreição traz a ideia da recuperação de um corpo mutilado, torturado e assassinado como preso político.
Hoje o Brasil de forma análoga enfrenta e vê seu povo assassinado por uma pandemia que é quase uma intencionalidade, é quase uma extinção, é quase uma condenação à morte, é quase uma necrofilia.
É contra essa necrofilia intencional, é contra esse malthusianismo, e distinção das classes populares: negros, mulheres, idosos e porque não dizer dos profissionais da área de saúde, que estou fazendo esta fala.
Acredito ser necessária neste momento, a criação de um movimento nacional em defesa da vida, movimento nacional em defesa da saúde do povo brasileiro, contra a necrofilia que é o nome que melhor define a eugenia, o genocídio dos negros.
As autoridades brasileiras tentam transformar nosso país em um navio negreiro, desautorizando as orientações da Organização Mundial de Saúde, propagando o fim do confinamento, o fim da vigília, o fim a reclusão preventiva. Num pais onde não existem análises, não existem testes que nos permitam ter conhecimento do número de pessoas que de fato contraíram a doença. Pessoas estão sendo enterradas com atestados de óbitos sem definição e em valas comuns.
Exortamos a necessidade da criação de um movimento: nacional, suprapartidário, supra religioso, em defesa da vida e em defesa do povo brasileiro. Esse movimento não deve ter protagonismo exclusivo, de mandatos, de partidos, mas um movimento comum e horizontal que permita que em qualquer parte do território nacional as pessoas possam se organizar.
Movimento Nacional de preservação da vida, nesta Páscoa sagrada de 2020!!
Ele foi traído por um amigo, julgado em dois tribunais iníquos: o religioso de Caifás e o político militar de Pilatos. Foi torturado e assassinado. Pedro o negou três vezes e os demais discípulos fugiram, salvo Maria a mãe e as outras discípulas e João.
Nós vivemos um tempo quaresmal. Temos desigualdades sociais, fome, torturas e assassinatos; tribunais iníquos religiosos, políticos e militares. Temos o coronavírus que atinge prioritariamente os mais frágeis: idosos e doentes, pobres que não têm como se protegerem no isolamento social por condições de moradias pequenas e insalubres, sem água e desfigurados pela fome.
Há os que são solidários como o Simão de Cirene.
Sexta da paixão, dor e morte. Mas não é o fim da história, a última palavra. O Senhor ofereceu sua vida, seu sangue, sua história por nós. Há uma chama de esperança que fumega à espera do Domingo da Vida.