O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou, nesta terça-feira (19/9), na 78ª edição da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU). Tradicionalmente, o Brasil é o responsável por abrir os debates todos os anos, na agência multilateral que engloba 193 países sediada em Nova York, nos Estados Unidos.

Desde o início do seu discurso, Lula manteve a linha de que o Brasil estava “ausente” da geopolítica mundial, em crítica aberta à gestão de Jair Bolsonaro. “Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta. Nosso país está de volta para dar a sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais”, apontou.

Lula afirmou que, para reduzir as desigualdades dentro dos países, é preciso incluir os pobres nos orçamentos nacionais. “E incluir os ricos pagando impostos. No Brasil, estamos comprometidos a implementar todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, afirmou.

Como era esperado, o presidente brasileiro falou sobre o problema da Amazônia e o problema energético no mundo. “Estamos na vanguarda da transição energética. Nossa matriz já é uma das mais limpas do mundo: 87% da nossa energia elétrica proveem de fontes limpas e renováveis. É enorme o potencial do hidrogênio verde”, discursou.

“Retomamos uma robusta e renovada agenda amazônica, de combate aos crimes ambientais. Ao longo dos últimos 8 meses, o desmatamento na Amazônia foi reduzido em 48%. O mundo inteiro sempre falou da Amazônia. Agora, a Amazônia fala ao mundo”, continuou.