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Influenciadores revelam valores estratosféricos oferecidos pela plataforma de jogos de azar; polícia investiga esquema ilegal

A revelação dos valores oferecidos pela Blaze, a plataforma de jogos de azar acusada de prática de estelionato, a influenciadores digitais tem agitado o cenário das redes sociais. De acordo com reportagem do jornal O Globo, os pagamentos destinados a personalidades da internet para promoverem o site variam drasticamente, podendo alcançar a cifra de até R$ 50 milhões.

Cellbit, um influente Youtuber e streamer com 6,6 milhões de inscritos em seu canal, recentemente revelou ter recusado propostas publicitárias da Blaze. Em suas palavras, eram “valores exorbitantes”. Ele teria sido convidado a receber R$ 6 milhões para promover o site de cassino on-line, exigindo apenas uma live demonstrando suas apostas.

“Recebi mais dinheiro do que já vi na minha vida. Era muito mais dinheiro do que eu precisava. Não tenho tudo isso guardado, mas tenho um bom dinheiro guardado. E eu recusei! E era só uma parada de jogar algumas horas por live. Nem pensei duas vezes. É uma parada que não condiz com o que espero para o meu público”, declarou Cellbit em uma transmissão ao vivo.

Esta revelação trouxe à tona não apenas os valores astronômicos oferecidos, mas também o dilema ético enfrentado por influenciadores diante de tais propostas. Muitos, como Cellbit, ponderaram sobre o impacto negativo que a promoção de plataformas de jogos de azar poderia ter em seus seguidores.

A plataforma Blaze se encontra sob investigação policial, especialmente por seu jogo conhecido como “Jogo do Aviãozinho”, suspeito de estelionato. O programa ilegal, similar a outros jogos de azar, tem gerado denúncias sobre a falta de pagamento de prêmios elevados aos apostadores. No entanto, a empresa não possui sede ou representação legal no Brasil, dificultando as ações de investigação.

Influenciadores como Viih Tube, Juju Ferrari e Jon Vlogs estiveram associados à divulgação do jogo e da plataforma, mas, segundo reportagem do “Fantástico”, alguns alegaram não possuir mais contratos com a Blaze. Outros, como o youtuber Daniel Penin, têm levantado acusações sérias, sugerindo que influenciadores eram pagos com as quantias perdidas por usuários da plataforma e que prêmios de apostas vencedoras não eram honrados.