Pedagoga de 46 anos denunciou uma loja de pneus por cobrança abusiva e por reter o veículo dela, nesta segunda-feira (4), em uma oficina na avenida Eduardo Elias Zahran, em Campo Grande. Ela apontou cobrança abusiva e o comerciante acabou preso.
A cliente detalhou que deixou um Fiesta hatch para trocar os dois pneus na manhã de sábado (2). Instantes depois funcionários tentaram convencê-la a trocar as rodas, que estariam amassadas. A vítima garantiu que não havia defeito e proibiu o serviço.
Os trabalhadores alegaram que não era possível colocar os pneus de volta pois estavam amassados e a convenceram a fazer um serviço de R$ 2,6 mil. ”Falaram que eu corria risco e não tinha como botar os velhos de volta”, diz a reclamação.
A vítima conta que passou mal após a divergência com o proprietário e, quando saia da loja em um carro de aplicativo, recebeu um papel para assinar, que seria um atestado que o veículo iria permanecer lá. No entanto, a denunciante descobriu, após descansar e tomar remédios, que o papel era uma ordem de serviço.
Ainda segundo o registro policial, no retorno, a vítima se deparou com uma dívida de R$ 6,8 mil. A consumidora informou que não iria pagar o valor total e que só havia pedido a compra/instalação dos dois pneus. Ela teve o carro retido e foi informada que só retiraria o bem após quitar o débito.
Acompanhada de uma advogada, a vítima foi à Polícia Civil e denunciou o abuso. Policiais foram até à loja, mas o dono argumentou que não havia ordem judicial e que não iria devolver o carro. Sendo assim foi preso. De acordo com o boletim de ocorrência, os crimes apontados foram estelionato, constrangimento ilegal e exercício arbitrário das próprias razões, na Depac Centro.
Versão
O gerente da loja negou as acusações. Ele detalhou que a loja fecha às 13h de sábado e que ficou até às 17h tentando resolver as demandas da cliente. No entanto, garantiu que a mulher aceitou fazer todos os serviços e os valores.
”Ela tá agindo de má-fé… ela não falou nada, aceitou tudo, tinha ciência de tudo”, disso o representante. Ele destacou que a cliente iria pagar com o cartão de um outro homem e chegou a fazer contato com ele, assim como a loja também fez.