Neste 15 de outubro, Dia dos Professores, diversos deputados estaduais registraram os parabéns para a categoria, durante sessão plenária na Assembleia Legislativa Mato Grosso do Sul (ALEMS). Pedro Kemp (PT), Professor Rinaldo Modesto (PSDB) e Junior Mochi (MDB) também discursaram sobre os desafios para melhorias ao segmento.


Presidente Gerson Claro falou do compromisso da Casa de Leis com as lutas

O presidente Gerson Claro (PP) falou do compromisso da Casa de Leis. “Como diz Paulo Freire, a educação muda pessoas e pessoas transformam o mundo. Eu continuo acreditando nessa educação e nesses mestres. O professor é, sem dúvida, o agente transformador na vida de milhares. Eles não apenas transmitem conhecimento, mas também moldam o caráter, inspiram sonhos e promovem cidadania. Quero manifestar minha profunda gratidão a cada professor de Mato Grosso do Sul e, em nome  do Parlamento, reafirmo o nosso compromisso de trabalhar para garantir que esses profissionais recebam o devido reconhecimento, condições de trabalho dignas e os recursos necessários para desempenharem seu papel com excelência”, afirmou o presidente que também atuou como professor de História.

Na tribuna, Pedro Kemp, que também foi professor e secretário estadual de Educação, pediu a equiparação salarial entre os professores convocados e efetivos. “Tanto se fala da valorização e essa valorização a gente conquistou, de fato, aos efetivos, que hoje recebem o maior salário dentre os estados brasileiros. Porém, o contingente convocado recebe, praticamente, a metade do que recebem os efetivos. Considero isso uma grande injustiça. Fazer a mesma função, ter a mesma formação e receber metade, não podemos mais aceitar essa realidade, que acaba diferenciando dois grupos”, lamentou

Para o deputado, outros dois pontos precisam ser revistos: o desconto previdenciário aos professores aposentados e a perda salarial dos que atuam na educação especial. “O desconto de 14% em seus salários ainda será uma luta a prosseguir. E o fato do Governo do Estado deixar de convocar para implantar uma nova sistemática de terceirização, ao transferir recursos para entidade contratada, os professores perdem muito. Eles viraram CLT, com salários menores e perderam a Cassems, ou seja, foi um retrocesso. Professores que desenvolvem um trabalho de qualidade. Embora os avanços aos efetivos, a luta tem que continuar, porque a maioria é professor convocado. Apesar das lutas, não podemos tirar o brilhantismo da contribuição dos professores para o mundo”, considerou.


Junior Mochi falou da falta de prespectiva dos convocados 

Professor Rinaldo concordou. “Hoje é dia de comemorar, mas ainda muito a alcançar. Sabemos que nosso estado tem a grande vitória do salário do professor das 40h, mas muitos problemas podem ser resolvidos como essa equiparação salarial. Não é falta de vontade do Governo, pois não é fácil resolver isso, mas é uma bandeira que estamos aqui há algum tempo pedindo. Com todo respeito a todas as profissões existentes, não tem uma que não passe pelo professor”, disse.

Paulo Corrêa (PSDB), Caravina (PSDB) e Lucas de Lima (PDT) também parabenizaram os professores pelo dia. Junior Mochi usou a fala no grande expediente. “Não poderia deixar de enaltecer e parabenizar essa profissão tão nobre. Dia para fazer as reflexões, para onde vamos, onde temos que melhorar. O grande gargalo são mesmo os professores convocados. Há professores que estão aí há 10, 12 anos e acabam não tendo nenhuma perspectiva para o seu futuro. Que se estude essa equiparação, pois o assunto é sério e precisa ser tratado com seriedade”, cobrou.