A alegação do governador também pode resultar na cassação da diplomação de Ricardo Nunes (MDB) como prefeito reeleito
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou no domingo (27), sem apresentar provas, que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) estaria orientando votos para Boulos.
Conforme relatado pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (28), especialistas em direito eleitoral consideram que essa declaração, feita enquanto a votação ainda ocorria, é grave o suficiente para condenar Tarcísio por abuso de poder político e torná-lo inelegível. A alegação do governador também pode resultar na cassação da diplomação de Ricardo Nunes (MDB) como prefeito reeleito.
Junto às acusações feitas no domingo, Tarcísio disse: “nós fizemos um trabalho grande de inteligência, temos trocado informações com Tribunal Regional Eleitoral para que providências sejam tomadas”. No entanto, o TRE, em nota, afirmou que tomou conhecimento do caso apenas pela imprensa e que não recebeu nenhuma informação oficial.
O órgão informou ainda que Boulos entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) na 1ª Zona Eleitoral, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A ação pode tornar Tarcísio, Nunes e Mello Araújo inelegíveis por oito anos e levar à cassação do diploma da chapa do prefeito.