Líderes globais se reuniram no local do campo de concentração de Auschwitz, libertado pelo Exército Vermelho. No entanto, a Rússia não foi convidada
O cerco de Leningrado é comparável a crimes hediondos contra a humanidade, como o Holocausto, a criação de campos de extermínio e as ações punitivas dos nazistas contra civis, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (27).
Nesta segunda, sobreviventes e líderes globais se reuniram no local do campo de concentração de Auschwitz, no sul da Polônia, para marcar o 80º aniversário de sua libertação das mãos das forças nazistas alemãs pelo Exército Soviético. A Rússia, no entanto, não foi convidada para a cerimônia.
“É absolutamente claro que o cerco de Leningrado está entre esses crimes hediondos contra a humanidade, como o Holocausto, os campos de extermínio e as ações punitivas dos colaboradores nazistas contra civis. Aquele bloqueio ceifou mais de um milhão de vidas”, declarou Putin durante o concerto da Vitória de Leningrado, dedicado ao 81º aniversário da completa libertação de Leningrado do cerco nazista.
Putin destacou que a libertação de Leningrado é um dos marcos mais importantes na luta contra o nazismo.
“Para todo o nosso país, a vitória em Leningrado será para sempre uma celebração da vida, da coragem e da força espiritual do nosso povo, um marco essencial na luta heroica contra o nazismo, um marco-chave no caminho para a derrota esmagadora do inimigo — a máquina de morte e extermínio de povos inteiros criada pelos nazistas”, afirmou Putin.
Leningrado, atual São Petersburgo, foi isolado por tropas nazistas alemãs e seus aliados em 8 de setembro de 1941. O cerco foi rompido em 18 de janeiro de 1943, mas só foi completamente levantado um ano depois, em 27 de janeiro de 1944.
Em outubro de 2022, o Tribunal da Cidade de São Petersburgo reconheceu as ações dos nazistas durante o cerco de Leningrado como um crime de guerra e genocídio do povo soviético. O número de mortos como resultado do bloqueio foi de pelo menos 1.093.842.
Cerca de 1,4 milhão de pessoas morreram no campo de extermínio da Alemanha nazista Auschwitz entre 1941 e 1945, incluindo aproximadamente 1,1 milhão de judeus. O local foi libertado por tropas soviéticas em 27 de janeiro de 1945.