Embora a produção industrial tenha aumentado pela 1ª vez desde que o vírus surgiu e o investimento estatal melhorado, o investimento privado segue anêmico
A China tem uma lição para o mundo: é mais difícil reativar a economia do que fechá-la.
Dados recentes para o mês de abril, que cobrem um período em que o governo chinês tomou medidas significativas para reabrir a economia quando o coronavírus estava sob controle, mostram que as vendas no varejo continuam a cair, pois consumidores evitam restaurantes e reduzem gastos com itens não essenciais.
Embora a produção industrial tenha aumentado pela primeira vez desde que o vírus surgiu e o investimento estatal melhorado, o investimento privado permanece anêmico. Um fator preocupante para fabricantes que já enfrentam deflação e queda da demanda global: os estoques se acumulam com a oferta maior do que o consumo. Estoques se acumulam, prejudicando as atividades de fabricação
Estoques se acumulam, prejudicando as atividades de fabricação (Divulgação/Bloomberg)
Os dados destacam que a recuperação econômica da China será gradual, com poucos sinais do tipo de retomada que alguns esperavam quando a crise começou. Também sugerem que a recuperação liderada pela oferta criará excesso de capacidade e desinflação, a menos que a demanda se acelere, tanto em casa quanto no exterior.
“Desbloquear a economia é uma tarefa mais desafiadora e complexa do que trancá-la”, disse Chua Hak Bin, economista sênior do Maybank Kim Eng Research, em Cingapura.
Fonte: Exame.Abril